Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Impostos: Economia fraca trava arrecadação de junho

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
24/07/2014 - 08:49

Governo federal recolheu R$ 91,4 bilhões, alta de 0,13% ante igual período de 2013

A arrecadação de impostos ficou praticamente estável em junho na comparação com o mesmo período do ano passado, evidenciando a dificuldade do governo em reverter o fraco desempenho das suas contas em meio ao desaquecimento da atividade econômica.

Os contribuintes pagaram em junho R$ 91,4 bilhões em tributos, uma alta de 0,13% em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação. Nos primeiros seis meses de 2014, a arrecadação atingiu R$ 578,6 bilhões, uma expansão real de 0,28% na comparação com o valor acumulado na primeira metade de 2013.

Segundo a Receita, alguns fatores explicam o desempenho pouco expressivo do primeiro semestre: desonerações e baixo ritmo de atividade da economia brasileira.

“O mundo real se impõe de forma avassaladora (sobre a arrecadação), para o bem e para o mal”, disse o secretário-adjunto da Receita, Luiz Fernando Teixeira Nunes, ao comentar os dados.

A redução na arrecadação de impostos que incidem sobre o lucro - Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido) - principalmente em janeiro e fevereiro, foi um dos principais fatores da fraca arrecadação do semestre.

O setor que apresentou maior queda na arrecadação de tributos no primeiro semestre foi o dos bancos, que recolheu R$ 7,6 bilhões a menos em relação ao mesmo período do ano passado. O setor automotivo apresentou queda de R$ 2,5 bilhões - a venda de veículos caiu 7,6% no primeiro semestre.

De janeiro a junho, a política de desonerações tributárias custou ao governo R$ 50,7 bilhões. No mesmo período do ano passado, as desonerações somaram R$ 35,5 bilhões.

Só em junho, o governo deixou de arrecadar R$ 8,5 bilhões de impostos devido às desonerações. As que mais pesam nos cofres públicos são a da folha de pagamentos, que beneficia 56 setores da economia, a desoneração da Cide (que incide sobre a gasolina) e de IPI, que favorece setores como o de automóveis.

Extraordinárias

Apesar da expansão contida da arrecadação, e da redução da projeção oficial de crescimento do PIB em 2014 - de 2,5% para 1,8% -, a Receita Federal ainda trabalha com um crescimento de 2% da arrecadação no ano. No início do ano, o governo contava com um aumento de 3,5%, mas, com a deterioração do cenário econômico, revisou para baixo sua expectativa.

Para incrementar suas receitas e sustentar a meta de poupar R$ 80,8 bilhões no ano, o governo confia na arrecadação extraordinária de dívidas tributárias de empresas, por meio de incentivos promovidos pelo programa especial de parcelamento, o chamado Refis. Neste ano, espera-se que empresas paguem R$ 18 bilhões em dívidas atrasadas. Só em agosto, quando será cobrada a entrada do parcelamento, a Receita estima recolher R$ 13 bilhões.

Fonte: Jornal O Popular

Tópicos:
visualizações