Brasília - A arrecadação federal somou R$ 116,1 bilhões em janeiro, um aumento real (descontada a inflação) de 6,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em termos nominais, o montante é recorde para todos os meses da série histórica, iniciada em 1985, de acordo com a Receita Federal - a série corrigida pela inflação tem início em 2003. A principal contribuição para o recorde veio da alta de 20% no pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Os valores obtidos com esses tributos totalizaram R$ 34 bilhões em janeiro deste ano.
A Receita Federal avalia que a forte alta não reflete um possível reaquecimento da economia neste ano, mas a antecipação de pagamentos de tributos referentes ao ano passado.
Empresas que declararam seus impostos a partir de estimativas têm até março para pagar os tributos que ficaram acima do esperado, mas o valor devido é corrigido pela Selic. Para evitar pagar juros, alguns contribuintes antecipam o pagamento para janeiro.
Também influenciaram positivamente a arrecadação o aumento das vendas de bens e serviços, o crescimento da massa salarial e do valor em dólar das importações. A Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) arrecadou R$ 17,5 bilhões em janeiro, alta real de 11,7% ante o mesmo período do ano passado. As desonerações tributárias foram as maiores influências negativas sobre a arrecadação.
Fonte: Jornal O Popular