BRASÍLIA - O governo editou decreto permitindo que até 100% do capital social do Banco Industrial e Comercial S.A. (BicBanco) sejam transferidos a acionistas estrangeiros. A publicação do decreto da presidente Dilma Rousseff no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira é etapa obrigatória para que a família Bezerra de Menezes possa concluir a venda do controle da instituição ao China Construction Bank Corporation (CCB).
O negócio foi anunciado no fim de outubro do ano passado. Na ocasião, o banco informou, em comunicado, um acordo para vender aos chineses 72% de seu capital total por R$ 1,62 bilhão, participação equivalente a 73,96% se excluídas ações então em tesouraria.
Assinado por Dilma na sexta-feira passada, o decreto reconhecendo o interesse do governo brasileiro na operação inclui três controladas do BicBanco: a BIC Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. , a Sul Financeira S.A. - Crédito, Financiamentos e Investimentos e, ainda, a BIC Arrendamento Mercantil S.A..
Com a edição do decreto, o negócio agora pode ser formalmente autorizado pelo Banco Central (BC), que já o analisou. O presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também assinam o decreto publicado hoje.
Presidido por José Bezerra de Menezes, o BicBanco, que tem esse nome desde 1979, está nas mãos da família Bezerra de Menezes desde sua criação. O banco surgiu em 1944 como Banco do Juazeiro, a partir de uma cooperativa fundada em 1938. Antes da atual denominação, foi Banco Industrial do Cariri e Banco Industrial do Ceará.
Fonte: Valor Econômico