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Franquias menores atraem os fundos

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30/10/2013 - 10:15

Nos últimos anos, redes nacionais com um bom número de franqueados e perspectivas de crescimento e rentabilidade atraíram o interesse de fundos de investimentos em participações e de private equity. Nessa leva, o Explorer Investiments, maior fundo de private equity independente de capital português, fez parceria com o Grupo Ornatos, responsável pela gestão das franquias Morana, Jin Jin Wok e Baloné, para o lançamento da primeira unidade da rede portuguesa Companhia de Sandes, aqui chamada My Sandwich. O americano Carlyle Group, por sua vez, adquiriu o controle da operadora de turismo CVC e, em 2012, comprou 85% da rede de brinquedos Ri Happy, propondo investir R$ 200 milhões na franquia até 2015.

Agora, o interesse dos investidores se volta também às franquias de médio porte, com faturamento abaixo de R$ 100 milhões por ano. A Suplicy Cafés Especiais foi uma das primeiras da lista. O fundo de investimento em participação da Treecorp Investimentos adquiriu 45% do capital social da empresa. Com larga experiência na área, o FIP Franchising Ventures foca suas ações em redes com faturamento anual na faixa de R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, com no mínimo 30 franquias. Sob o guarda-chuva do fundo estão redes como Café Donuts, Spetinho & Cia, Sapataria do Futuro e Livraria Nobel.

"Vemos os fundos olharem ainda para redes muito consolidadas. No mercado americano, em 2009, eles já investiam em empresas franqueadoras que operavam com microfranquias", afirma Liana Bittencourt, sócia do Grupo Bittencourt. "A tendência é que cresça a demanda por redes médias por aqui e, em um futuro não muito distante, pelas de pequeno porte".

Varejo, serviços e alimentação estão entre os segmentos que mais atraem investidores, em decorrência do alto potencial de crescimento não só nas capitais, mas em cidades de médio porte de todas as regiões do país. Mas, não basta querer, é preciso estar preparado. "Quanto mais bem estruturada a rede estiver, quanto mais processos de gestão qualificada apresentar, melhores serão os resultados da franquia e, consequentemente, o assédio dos fundos", reforça.

Hoje, 18 fundos atuam no franchising brasileiro, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Entretanto, aceitar o aporte só vale à pena quando se tem bons projetos que possam alavancar a rentabilidade das operações e exijam reforço no caixa. "Mesmo assim, é essencial que o fundo e a rede comunguem dos mesmos valores, para que os resultados apareçam", adverte Cristina Franco, presidente da ABF. "A verdade é que tem de dar retorno de boa gestão e governança ao sócio patrão, além de bater metas e garantir lucro. "

Esta também é a opinião de Carlos Miranda, sócio-fundador da BR Opportunities, fundo que nasceu com foco em empreendedorismo, no chamado investimento de dinheiro inteligente. O que isso significa? Realizar aportes em negócios escaláveis, de bom retorno com investimento de menos capital. "Nesse conceito as franquias despontam como boas oportunidades já que o aporte é feito na franqueadora e se reflete em toda a rede, ao contrário de uma cadeia de lojas próprias, que exige mais capital com risco maior", declara Miranda. De olho em redes que faturam a partir de R$ 10 milhões por ano, a BR Opportunities deve estrear no segmento de franquias em 2014, depois de depositar suas fichas no setor de consumo.

Aportes menores e ganhos similares ao das cadeias de varejo formadas por lojas próprias são, na visão de Felipe Claudino, sócio do Leblon Equities Gestão de Recursos, um dos diferenciais que pesam a favor das redes de franquia. Foi com este pensamento que o fundo investiu, há dois meses, na City Shoes, rede de franquias de calçados femininos, com 80 lojas no Brasil e um faturamento anual em torno de R$ 70 milhões. "A negociação levou mais de seis meses e nos garantiu a possibilidade de expandir o negócio por várias frentes: lojas próprias, franqueadas e e-commerce", afirma Claudino. "Com a chegada do fundo, a City Shoes ampliou sua rede de contatos e melhorou a gestão", diz.

Fonte: Valor


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