SÃO PAULO - A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) espera crescimento de 1,5% no estoque de crédito em junho, para R$ 2,85 trilhões, na comparação com maio. A sondagem foi divulgada hoje e procura antecipar os números que o Banco Central (BC) apresentará na terça-feira. Em maio, a expansão havia sido de 0,96% ante o mês anterior.
A expectativa da Febraban é que os empréstimos com recursos direcionados — que incluem crédito rural, imobiliário e desembolsos do BNDES — continuem a liderar a expansão do crédito. O estoque dessa modalidade cresceu 2,4% em junho, nas contas da federação, que chama atenção para a sazonalidade positiva do período.
Os empréstimos com recursos livres — em que estão classificados crédito pessoal, consignado, capital de giro e outros — cresceram 1,3% na mesma comparação. “No segmento livre, o desempenho segue mais moderado, porém voltou a acelerar depois de resultados bem abaixo da sazonalidade para os meses anteriores, superando o desempenho para o mesmo período do ano anterior (0,95%)”, apontam os economistas da Febraban.
O estoque de operações para pessoas físicas deve ter crescido 1,6% em junho, acima do desempenho de junho de 2013 (1,4%), espera a Febraban. Já para a pessoa jurídica, o crescimento do estoque deve ter ficado em 1,4%, bem abaixo do que registrou em igual período de 2013 (2,11%).
“Em pessoa física, apesar da queda no financiamento de veículos, crédito pessoal e cartão de crédito (parcelado e rotativo) devem apresentar crescimento relevante no mês, possivelmente em função dos gastos pessoais com a Copa do Mundo”, afirma a Febraban. Vale lembrar que o Mundial começou em 12 de junho e acabou um mês depois.
Confirmadas as variações mensais, a Febraban espera avanço de 12,5% no estoque total de crédito em 12 meses. Em maio, esse avanço acumulado era de 12,7%. Os recursos direcionados tendem a reforçar a desaceleração no mês, crescendo 21,6% em 12 meses encerrados em junho, ante 22,2% até maio.
Nas concessões, pelo critério da média diária, a Febraban espera avanço de 6,1% na comparação com o mês anterior. Na pessoa jurídica, o avanço ficaria em 10,2% (excluindo os desembolsos diretos do BNDES, que não são capturados pela Febraban) e na pessoa física, em 2,8%.
“Em relação à qualidade do crédito, sazonalidade é favorável nos atrasos de maneira geral e será importante observar esse comportamento”, afirma a federação.
Fonte: Valor Econômica