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Energia elétrica: Consumo cresce menos que o esperado, após desoneração

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13/06/2013 - 08:13

Projeção era de alta de 6,5% no gasto de energia em Goiás, mas de janeiro a maio consumo subiu 5%

O consumo de energia elétrica em Goiás está crescendo abaixo da média projetada pela Companhia Energética de Goiás (Celg) para 2013. A previsão é de que o consumo avance 6,5% no Estado neste ano, mas, nos primeiros cinco meses, a expansão média ficou em 5%, segundo dados da companhia.

Além de estar abaixo da meta de crescimento, o aumento no consumo está menor do que em 2012. De janeiro a maio do ano passado, as indústrias, pontos comerciais, produtores rurais e residências em Goiás acumulavam uma alta de gastos com energia elétrica de 7,5%.

O assessor de Comercialização da Celg, Sérgio dos Santos Júnior, avalia que parte desse cenário está relacionado à conjuntura macroeconômica do País em 2013. Com avanço da inflação, há uma redução da aquisição de eletroeletrônicos .

Uma segunda hipótese é associada às variações climáticas dos últimos meses. O excesso de chuvas ocasiona menor consumo de energia elétrica nas cidades, com redução da utilização de aparelhos como ar-condicionado, e no campo, com o desligamento da irrigação.

Sérgio dos Santos, porém, avalia que a redução da tarifa, com desoneração pelo governo federal em fevereiro, ainda não trouxe impactos na elevação do consumo em Goiás, como ocorreu em outros Estados. “É possível que o consumo cresça daqui para frente e a meta de crescimento de 6,5% seja alcançada.”

Antes mesmo do fim do primeiro semestre do ano, a Celg já cogita uma queda na receita deste ano por conta da desoneração de 20% em média da energia elétrica. Caso o crescimento do consumo fique abaixo da meta, é possível que o impacto sobre o faturamento da companhia seja maior.

Apesar disso, o assessor de Comercialização diz que, nos últimos anos, com o avanço da renda e geração de empregos no Estado, o consumo vem crescendo dentro das metas estabelecidas.

Durante todo o ano de 2012, os goianos consumiram 7,2% a mais do que em 2011. “Temos de levar em conta a economia do País e do Estado para analisar o avanço no consumo e comercialização de energia”, destaca Sérgio dos Santos.

Setores

O setor produtivo rural foi o que registrou o maior recuou do consumo de janeiro a maio. Na comparação com os primeiros cinco meses de 2012, a queda foi de 9,3%. Dentre os principais setores de consumo, a indústria foi a que teve o maior crescimento, com expansão de 6%, mesmo assim, menor do que a registrada em 2012, de 8,5% (veja quadro).

O gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Edson Alves Novaes, descarta que as chuvas sejam responsáveis pela queda de consumo na zona rural. “Há segmentos do PIB rural, como o avícola, pecuária de leite e usinas de etanol que continuam consumindo.”

Segundo ele, os problemas com a falta de infraestrutura adequada de energia levaram dezenas de produtores a adquirir geradores. “As quedas de energia nas propriedades rurais e falta de manutenção nas redes são incompatíveis com o crescimento do setor. Por isso, observa-se um investimento maior em geradores.”

Indústria

No setor industrial, o diretor da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e presidente do Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica da Celg, Henrique Morg de Andrade, avalia que o crescimento do consumo poderia ser maior, caso houvesse maiores investimentos.

“A indústria tem uma demanda reprimida em Goiás há muitos anos. E a Celg não tem disponibilidade de energia. Os pedidos de subestação e linhas transmissão demora a serem atendidos. Se houvesse maior investimento, poderíamos estar consumindo mais”, destaca o diretor da Fieg.

Fonte: Jornal O Popular


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