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Em dia de tensão e alta do dólar, BC anuncia que swaps seguem em 2015

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17/12/2014 - 08:57

Até o momento, não havia confirmação de oferta diária no próximo ano.
Oferta mínima para leilão cambial será de US$ 50 milhões, diz Tombini.

Em um dia marcado pelo aumento da tensão nos mercados, fruto da queda do preço do petróleo e seu reflexo sobre a Rússia, afetando também outras economias emergentes, como o Brasil - com disparada do dólar - o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, anunciou que os leilões diários de contratos de "swaps cambiais" terão prosseguimento em 2015.

"Nos próximos dias, vamos definir os parâmentros do programa de swaps cambiais para o começo de 2015. Nos próximos dias, teremos novidades. Os parâmetros podem ser ajustados. No mínimo 50 [milhões de dólares] por dia e no máximo 200 [milhões de dólares] por dia. Hoje, são US$ 200 milhões por dia", declarou Tombini após audiência pública no Congresso Nacional, em uma tentativa de acalmar o mercado.

Os contratos de "swaps cambiais" - instrumentos que funcionam como venda de dólares no mercado futuro (derivativos), o que também impede uma pressão maior no mercado à vista da moeda norte-americana - vêm sendo ofertados diariamente pela autoridade monetária desde agosto de 2013, momento no qual o dólar atingiu R$ 2,40. Nesta terça-feira, a moeda norte-americana atingiu R$ 2,75. Dólar alto barateia exportações e encarece importados, afetando também a inflação no Brasil.

O BC não havia confirmado, até o momento, que as ofertas diárias teriam prosseguimento em 2015. Mais cedo nesta terça-feira, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Tombini havia apenas sinalizado que o programa deveria ter prosseguimento em 2015, mas não havia fornecido detalhes.

Com o anúncio do Banco Central, o atual estoque de contratos de "swap cambial" em mercado, que equivale a cerca de US$ 100 bilhões, tende a continuar subindo, mas o aumento tende a ser menor. Isso porque a oferta atual de US$ 200 milhões (acima da rolagem) por dia tende a ser reduzida, uma vez que vai oscilar entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões diários.

Situação da Rússia
Alexandre Tombini, do Banco Central, também observou nesta terça-feira que a Rússia, em uma tentativa de impedir uma alta maior do dólar naquele país (cujo aumento já é mais de 50% neste ano), elevou os juros básicos em quase sete pontos percentuais, para 17% ao ano.

"Esse processo, que decorre da queda acentuada do preço do petróleo, vem se refletindo em importantes países que tem nesse recursos natural como principal recursos econômico. Estão tendo impacto em várias moedas. Vimos isso la atrás na discussão do tapering [retirada dos estímulos dos Estados Unidos]. Há uma venda de ativos em mercados emergentes, tratados indiscriminadamente", declarou o presidente do BC.

Ele acrescentou, porém, que "ao longo do tempo, os países vão sendo separados". "Aqueles que têm políticas mais sólidas, colchões de proteção, acumulação de reservas, liquidez, sistema financeiro robusto, conseguirão mais ajuda no processo de normalização das condições monetárias", avaliou Alexandre Tombini.

Indicações sobre a política econômica
Segundo ele, é importante que o Brasil tenha "políticas bem ajustadas" para enfrentar esse período. Recentemente, o ministro indicado da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou a recomposição do chamado superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) para 1,2% do PIB em 2015 e para, ao menos, 2% do PIB em 2016 e 2017.

Neste ano, fruto de aumento de gastos em ano eleitoral, e do fraco desempenho da arrecadação, o esforço fiscal está negativo até outubro. Levy espera que, com o aumento do superávit primário, a divida pública comece a recuar a partir de 2016.

Ao mesmo tempo, o Banco Central tem anunciado que tem por objetivo trazer a inflação, que somou 6,56% em 12 meses até novembro, para o centro da meta, de 4,5%, em 2016. O presidente da instituição, Alexandre Tombini, declarou hoje que a inflação tende a atingir um "pico" no primeiro trimestre do ano que vem, mas acrescentou que, a partir do segundo trimestre de 2015, deve começar a "convergência" para a meta central de inflação - o que deve terminar somente em 2016.

"O Banco Central não será complacente com a inflação e fará o que for necessário para um cenário mais benigno em 2015 e 2016", acrescentou o presidente do Banco Central, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. O BC subiu os juros em outubro e novembro deste ano, quando a taxa básica da economia atingiu 11,75% ao ano, e o mercado financeiro estima, até o momento, mais três elevações de 0,25 ponto percentual, para 12,50% ao ano, até abril de 2015.

Fonte: G1

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