Rio de Janeiro, 9 nov (EFE).- A economia contrairá 3,1% em 2015, seu pior resultado nos últimos 25 anos, e a inflação chegará a 9,99%, a maior em 13 anos, segundo as últimas projeções dos analistas do mercado financeiro divulgadas nesta segunda-feira pelo Banco Central.
As novas previsões são mais pessimistas do que as ventiladas pelos economistas em uma pesquisa similar há uma semana, quando projetavam uma contração econômica de 3,05% e uma inflação de 9,91%.
As projeções figuram no Boletim Focus, uma publicação semanal do Banco Central que inclui uma pesquisa realizada com 100 analistas de instituições financeiras privadas sobre o estado da economia nacional.
Os analistas também pioraram suas previsões para 2016, para quando esperam uma contração econômica de 1,9%, acima de 1,51% que calculavam há uma semana, e uma inflação de 6,46%, igualmente maior que os 6,29% que projetavam há sete dias.
Se essas projeções se confirmarem, além de sofrer a maior queda desde a contração de 4,35% registrada em 1990, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encadeará dois anos consecutivos de crescimento negativo pela primeira vez desde 1948.
Esta foi a 17ª semana consecutiva que os analistas pioraram sua projeção para a contração da economia brasileira neste ano e reforçaram a previsão de que o Brasil afundou em uma grave recessão.
Os economistas, que também se mostraram mais pessimistas sobre o comportamento dos preços tanto em 2015 como em 2016, preveem que o Brasil sofrerá em 2015 a maior inflação desde os 12,53% medido em 2002.
A nova previsão para a inflação este ano supera em quase três pontos percentuais e meio o teto máximo tolerado pelo governo .
A meta de inflação do país é de 4,5% anual, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que permite que chegue a um máximo de 6,5%.
O Brasil terminou 2014 com uma inflação de 6,41 %, acima da de 2013 (5,91%), mas abaixo do teto tolerado pelo governo.
Fonte: UOL