FMI espera avanço da produção de bens e serviços do País de 1,8%; mercado interno prevê 1,65%
Mantega: não se trata de uma revisão, mas de uma previsão
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a sua estimativa para a expansão do PIB para este ano está “entre 2,3% e 2,5%”. A projeção está acima do 1,8% previsto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI); e do 1,65% esperado pelo mercado interno. Segundo ele, não se trata de uma revisão, mas sim de uma previsão, que não é precisa. “A gente vai revendo esse número à medida que temos resultados concretos. É entre 2,3% e 2,5%”, apontou após palestra em evento promovido ontem ela revista Brasileiros.
De acordo com o ministro, o Brasil cresceu 17,7% de 2008 a 2013. Isso porque “procuramos manter políticas de desenvolvimento da economia”, acrescentou, dizendo que o Brasil é o quinto ou sexto pais que mais cresceu de 2008 a 2013.
Segundo ele, nos últimos 11 anos o governo criou 20 milhões de empregos, com melhoria da distribuição de renda. “Em outros países, a desigualdade aumentou, como na Suécia e EUA”, comentou. “Com as desonerações foi gasto pouco e foi retomada a produção da linha branca, de carros e material para construção”, destacou. “Contudo, a desoneração de tributos para o consumo é sazonal e já foi retirada.”
“Temos tido política de redução de tributos, mesmo porque a carga é alta. Gradualmente tem que reduzir tributos para a produção, para reduzir o Custo Brasil”, acrescentou.
Mantega afirmou que “o crédito para o consumo no Brasil nunca esteve tão escasso”, embora a inadimplência esteja baixa, em torno de 4,5%. “Sem restrição do crédito, o PIB estaria crescendo perto de 3%.”
Crédito
Segundo Mantega, a queda da inadimplência deve propiciar uma tendência de melhora da concessão de financiamentos pelas instituições privadas. “Pedimos aos bancos públicos que, na falta de crédito privado, eles entrassem em ação. Quero mais é que o crédito privado dos bancos aumente.”
Ele ressaltou que só o crescimento da massa salarial não é suficiente para aumentar o consumo do País, mas é fundamental o aumento dos investimentos, política que o governo já está executando em várias frentes. Ele destacou os programas de Aceleração do Crescimento, o Minha Casa, Minha Vida e as concessões públicas para projetos em infraestrutura.
O ministro afirmou que o Brasil está se preparando para um novo período de expansão do PIB, que pode ter um avanço médio de investimentos de 7% ao ano até 2022, o que viabilizará um crescimento médio do País de 4% até aquele ano.
Na avaliação de Mantega, o governo não beneficia setores específicos, mas estimula segmentos industriais que são muito importantes para a geração de empregos.
Fonte: Jornal O Popular