A economia brasileira cresceu 0,6% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior, informou nesta sexta-feira (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No segundo trimestre, o crescimento tinha sido de 0,4%.
O resultado ficou bem abaixo do que era esperado. Pesquisa realizada pela agência de notícias Reuters com 42 economistas falava em crescimento de 1,2% em relação ao segundo trimestre.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi de 0,9%.
Há apenas dois anos, o Brasil era uma das economias que mais cresciam no mundo. Mas a atividade desacelerou abruptamente e quase jogou o país em recessão no final de 2011, em parte por causa das dificuldades da indústria para competir em meio à desaceleração da economia mundial.
O governo reagiu com força, erguendo barreiras comerciais, reduzindo impostos e trabalhando para desvalorizar o real. O Banco Central também fez sua parte, reduzindo a taxa básica de juros 10 vezes seguidas para a atual mínima histórica de 7,25% ao ano.
As medidas, que incluíram a redução de impostos sobre carros e eletrodomésticos, aumentaram as vendas do varejo e ajudaram a indústria a se recuperar ligeiramente.
Previsão de crescimento cai de 4,5% para 2% em um mês
No ano passado, a economia cresceu 2,7%. Para este ano, a previsão inicial era crescer 4,5%. Porém, os efeitos da crise global foram pesando, e a estimativa foi ficando menos otimista: caiu para 3% em agosto, e para 2% em setembro.
A previsão é ainda mais negativa do ponto de vista do Banco Central, que falou em crescimento de 1,6% em seu relatório de setembro. O mercado financeira espera apenas 1,5%, segundo o último Boletim Focus.
País tem tomado medidas para tentar estimular a economia
Nos últimos meses, o governo tem adotado isenções fiscais e outras medidas para tentar estimular a economia brasileira em meio à crise global
Fonte: UOL