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Dólares continuam deixando o Brasil no início de dezembro, informa BC

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11/12/2014 - 09:19

Na primeira semana deste mês, US$ 367 milhões saíram do país.
Na parcial deste ano, BC contabilizou ingresso de US$ 4,39 bilhões.

 

Os dólares continuaram saindo do Brasil no início de dezembro, segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta quarta-feira (10). Na primeira semana deste mês, a retirada de dólares da economia brasileira superou o ingresso de recursos em US$ 367 milhões. Em novembro, já havia sido registrada a maior saída de recursos do país neste ano.

Contas comercial e financeira
O fluxo cambial brasileiro possui duas contas: a comercial, na qual são fechados os contratos de câmbio para operações de exportação e importação, e a conta financeira, que inclui as demais operações, como os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos (parcelas dos lucros) e empréstimos tomados no exterior, entre outros.

Segundo o BC, a saída de dólares do Brasil superou a entrada da moeda estrangeira do país, pela conta financeira, no valor de US$ 1,05 bilhão no começo deste mês. Pela conta comercial, informou o BC, houve o ingresso de US$ 687 milhões do país no início de dezembro.

Parcial de 2014
Já no acumulado deste ano, até a última sexta-feira (5), segundo a autoridade monetária, ainda foi contabilizado ingresso de dólares no país. Na parcial de 2014, US$ 4,39 bilhões entraram na economia brasileira. No mesmo período de 2013, houve retirada de US$ 6,13 bilhões do Brasil.

Impacto no dólar
A retirada de recursos registrada no começo de dezembro favoreceria, em tese, a alta do dólar. Isso porque, com menos moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia, teoricamente, a ficar maior. No fim de novembro, a moeda norte-americana estava cotada em R$ 2,57. Nesta quarta-feira (10), por volta das 12h40, estava sendo negociada a R$ 2,59.

Além do fluxo de dólares, outros fatores também influenciam a cotação do dólar no Brasil. Entre elas, estão o comportamento da economia norte-americana e das as sinalizações sobre a política monetária nos Estados Unidos.

Os indicadores da economia brasileira, que pioraram nos últimos anos e os fracos resultados dos últimos meses, além das intervenções do Banco Central no mercado futuro da moeda norte-americana, por meio da oferta dos contratos de "swap cambial" – instrumentos que funcionam como venda de dólares no mercado futuro, com impacto no mercado à vista – também impactam a cotação do dólar no Brasil.

Nos Estados Unidos, a expectativa dos analistas é de continuidade da retirada de estímulos à economia, que começa a dar sinais de recuperação. No futuro, pode haver até mesmo aumento de juros nos Estados Unidos, o que tenderia a gerar retirada de dólares do Brasil, em direção aos EUA, e pressão de alta na cotação da moeda norte-americana.

O BC brasileiro, porém, também tem prosseguido com suas intervenções diárias no mercado com os "swaps cambiais". Nesta terça-feira (9), o presidente do BC, Alexandre Tombini, repetiu que o estoque atual de contratos de swap em mercado (o equivalente a cerca de US$ 100 bilhões) atende de maneira significativa (às necessidades) e que deve continuar a ser renovado no futuro observadas as condições de demanda. Ele disse ainda que a autoridade monetária tem até o fim do ano para decidir sobre o programa de swaps em 2015.

Como funcionam os swaps cambiais
Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento deles, o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do dólar no mesmo período.

É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que para o futuro, e controlar a alta da cotação. Assim, o BC acalma a procura por dólares sem mexer nas reservas internacionais.

O investidor, preocupado com a tendência de alta, tem interesse em comprar dólares. Quando aceita a operação, fica estimulado a querer a queda ou a manutenção do dólar, para que não tenha que pagar ao banco mais do que receberá em juros. Essa taxa, normalmente, acompanha a Selic, que é a taxa básica da economia brasileira e hoje está em 11,75%. Se o dólar tiver variação acima disso, por exemplo, quem perde é o investidor.

Fonte: G1

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