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Dólar 'trava' abaixo de R$ 2,20 com mercado cauteloso

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16/10/2013 - 09:27

A continuidade das discussões sobre o limite de endividamento dos Estados Unidos e a incerteza sobre a manutenção do programa de intervenções diárias no câmbio pelo Banco Central manteve os investidores com uma postura mais conservadora. Diante desse cenário, o dólar comercial fechou ontem em ligeira alta de 0,09%, a R$ 2,18.

Já no mercado de juros futuros, as taxas apresentaram oscilações modestas, com investidores à espera da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada na próxima quinta-feira.

As incertezas em relação à continuidade do programa de intervenção diária do Banco Central no câmbio e a possibilidade de não rolagem dos US$ 8,9 bilhões em contratos de swap cambial (que equivalem à venda de dólar no mercado futuro) que vencem no início de novembro têm colocado os investidores em compasso de espera no mercado de câmbio.

A expectativa no mercado ontem era de que o BC estaria à espera de uma definição de um acordo em relação ao teto da dívida nos EUA para sinalizar se rolará ou não os contratos. "O BC tem que ser consistente com o que ele falou, e manter o programa até o fim do ano. O cenário ainda está confuso e há o risco de o dólar voltar a subir no ano que vem, o que poderia piorar a expectativa de inflação", diz Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Nessas operações, os investidores recebem uma remuneração atrelada ao cupom cambial, mais a variação do câmbio, enquanto o BC fica com um ganho atrelado à taxa Selic. Como o dólar acumula queda de 10,36% desde 22 de agosto, quando o programa do BC foi lançado, o mercado tem interesse em rolar esses contratos, pois teria perda se eles fossem liquidados.

Os investidores já começam a questionar qual o poder de atuação do BC no ano que vem, quando o cenário externo será mais difícil, com o início da retirada dos estímulos monetários pelo banco central dos EUA, ao mesmo tempo em que o BC terá um espaço menor para a elevação da taxa básica de juros, que caminha para dois dígitos. Se completar o programa de intervenção neste ano, o BC terá colocado US$ 100 bilhões no mercado por meio de contratos de swap e leilões de linha de dólar com compromisso de recompra, o equivalente a 26,6% das reservas internacionais brasileiras.

Para Freitas, o BC teria espaço para não rolar parte dos contratos que estão vencendo, à medida em que mostrar maior clareza em relação à política monetária. "O BC tem que definir quando pretende levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%. Essa é a grande ferramenta que ele tem e com os juros mais altos diminuiria a demanda por swaps cambiais."

Para o Itaú Unibanco, se esse desempenho mais forte do real continuar, o BC pode não rolar totalmente os swaps e, somado a isso, passar a decidir aceitar apenas parcialmente as propostas para os swaps ofertados diariamente, diz o banco, lembrando que no dia 25 de setembro o BC fez esse mesmo "teste".

Na BM&F, os solavancos do dólar não chegaram a influenciar o rumo dos principais contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI). O contrato para janeiro de 2014 - que concentra as apostas para o nível da taxa Selic no fim do ano - fechou estável, a 9,53%. Já o DI para janeiro de 2015 desceu de 10,38% para 10,36%. Entre os contratos mais longos, ligados ao ambiente externo, o DI com vencimento em janeiro de 2017 fechou a 11,28% (ante 11,26%), na esteira do rumo da taxa dos títulos do Tesouro americano de 10 anos, que superou 2,70% com a expectativa de resolução do impasse nos EUA.

Fonte: Valor


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