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Dólar opera perto da estabilidade, à espera de Fed e BC

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18/12/2014 - 08:52

SÃO PAULO  -  O dólar já oscilou entre quedas e ganhos e no momento opera em torno da estabilidade ante o real nesta quarta-feira, mas ainda rondando as máximas em quase dez anos. O foco dos mercados segue voltado para a decisão de política monetária nos Estados Unidos, que por sua vez deve abrir caminho para o Banco Central a anunciar detalhes sobre a continuação do programa de leilões de câmbio em 2015.

Às 11h4, o dólar comercial tinha variação negativa de 0,06%, a R$ 2,7325, após oscilar entre alta para R$ 2,7514 e baixa a R$ 2,7228. Na véspera, a cotação alcançou R$ 2,7604, maior patamar intradia desde 17 de março de 2005 (R$ 2,7900). No mercado futuro, o dólar para janeiro cedia 0,29%, a R$ 2,7400.

Em café da manhã com jornalistas em Brasília, o presidente do BC, Alexandre Tombini, tornou a afirmar que os parâmetros da oferta diária de contratos de swap cambial em 2015 “serão definididos proximamente”. Tombini também repetiu que a oferta mínima da chamada “ração” diária será de US$ 50 milhões e a máxima, de US$ 200 milhões. O BC disponi biliza atualmente US$ 200 milhões por dia em swaps.

O presidente do BC apontou também que a proteção cambial oferecida por meio dos contratos de swap é “cumulativa”, o que resulta em um nível de proteção aos agentes econômicos que não existia antes. “Não é a cada momento uma nova história, esse instrumento tem impacto cumulativo”, disse, lembrando que o estoque de contratos já passa de US$ 107 bilhões.

Os comentários de Tombini reforçam a percepção de que, independente da decisão sobre a “ração” diária, a redução do estoque de swaps será feita de forma gradual. Esse estoque alcançou o recorde de US$ 108,39 bilhões.

O programa de swaps cambials foi anunciado em agosto de 2013, período em que o real estava sob forte pressão devido às incertezas com a política econômica brasileira e um mau humor generalizado com mercados emergentes.

O especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo Abucater, não descarta que o BC mantenha a oferta diária de US$ 200 milhões em swaps, mas reduza o prazo de vigência dos papéis para cerca de 90 dias. Os contratos vendidos atualmente, por exemplo, têm prazo bem mais longo, vencendo em setembro e dezembro de 2015. “Em abril podemos ter uma melhora no fluxo comercial com as exportações de agrícolas, principalment e soja. Talvez o BC agora leve mais em conta a sazonalidade dos fluxos ao decidir os termos da ‘ração’ diária”, diz. Para o BNP Paribas, o Banco Central está apenas esperando a decisão do Fed para levar a público os detalhes sobre o programa de swaps no começo de 2015.

Investidores não descartam que o BC americano retire a expressão “período considerável” ao se referir à manutenção dos juros baixos, mas também veem o Fed evitando um tom excessivamente “hawkish” em meio à recente turbulência nos mercados globais de câmbio.

As principais moedas emergentes, que chegaram a cair mais forte no começo do dia, melhoraram, com o peso mexicano e a lira turca em alta de até 0,2% ante o dólar. O rublo tem forte valorização de 3,1%, em torno de 66 por dólar. Ontem, a moeda russa chegou a flertar com 80 por dólar, num tombo de quase 25%, o maior desde a crise financeira que abalou a Rússia em 1998.

 

Fonte: Valor Econômico

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