Mercado segue atento ao cenário político no Brasil.
O dólar caiu 0,86% nesta terça, a R$ 3,1735 na venda.
O dólar fechou em queda nesta terça-feira (21), após três sessões consecutivas de alta e acompanhando o movimento nos mercados externos, afastando-se do patamar de R$ 3,20.
O dólar caiu 0,86%, a R$ 3, 1735 na venda. Veja cotação. No mês, a moeda norte-americana acumula alta de 2,07% e no ano, de 19,35%.
"Depois de um avanço importante, é normal o mercado dar uma pausa", disse à Reuters o operador da corretora Intercam Glauber Romano. Os atritos entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o governo da presidente Dilma Rousseff têm dado força a preocupações sobre golpes à credibilidade do país, que podem afastar investimentos dos mercados locais.
Dólar em julho
Veja o valor de fechamento em R$ por data.
Investidores também temem que a instabilidade, aliada à baixa popularidade do governo, dificulte ainda mais a aprovação de novas medidas do ajuste fiscal conduzido para resgatar a confiança na política fiscal e reequilibrar a economia. Pesquisa da CNT/MDA mostrou nesta manhã que a avaliação negativa do governo subiu para 70,9%, contra 64,8% no levantamento de março.
Na véspera, o dólar havia atingido a máxima em três meses em relação a uma cesta de divisas e investidores aproveitavam para realizar lucro nos mercados globais. O avanço havia sido motivado por expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros ainda neste ano, o que atrairia para a maior economia do mundo recursos aplicados em outros mercados.
Nesta sessão, a divisa dos Estados Unidos corrigia boa parte desse avanço, recuando cerca de 1% contra o euro em meio ao menor pessimismo em relação à Grécia. Também contribuía para a queda do dólar em relação a moedas emergentes o avanço dos preços das commodities.
"O cenário interno ainda está tensionado e deve pressionar o câmbio por enquanto, mas hoje foi um dia de queda global do dólar", explicou à Reuters o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.
Mais cedo, o Banco Central deu continuidade ao seu programa de interferência no câmbio e vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Com isso, já rolou o equivalente a US$ 4,218 bilhões, ou cerca de 40% do lote que vence no início de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.
Fonte: G1