Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Dólar fecha em queda com perspectiva de fluxo positivo para o Brasil

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
02/04/2014 - 09:53

SÃO PAULO  -  A perspectiva de fluxo positivo para o Brasil, com a entrada de recursos para renda fixa e de captações externas, continua sustentando a boa performance do real frente ao dólar.

Hoje o dólar comercial fechou em queda de 0,26%, cotado a R$ 2,2630. Já o contrato futuro para maio recuava 0,15% para R$ 2,285. 

As captações de empresas brasileiras no mercado externo e o apetite alto por operações de “carry trade” com o real (quando o investidor pega dinheiro em países com juros muito baixos e aplica em papeis com taxas mais altas), diante da expectativa de uma nova alta da taxa básica de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, têm sustentado a alta do real frente ao dólar.

Ontem, o frigorífico JBS anunciou que captou US$ 750 milhões em bônus seniores com vencimento em dez anos. “Nos últimos dois meses tivemos grande fluxo de recursos para o Brasil, o que mudou a dinâmica do mercado de câmbio. Apesar dos fundamentos do Brasil não justificarem esse patamar do dólar, há uma grande entrada de recursos que limita o aumento das posições compradas na moeda americana”, afirma Italo Abucater, especialista em câmbio da corretora Icap.

Com a queda do dólar de 3,24% em março, muitos investidores reduziram as apostas na alta da moeda americana. Em março, os investidores nacionais, que englobam os fundos de investimento e de pensão, diminuíram a posição líquida comprada em dólar de US$ 6,197 bilhões no fim de fevereiro para US$ 1,417 bilhão no fim do mês passado. Já a posição dos estrangeiros passou de US$ 21,271 bilhões para US$ 21,562 bilhões. Grande parte das operações dos estrangeiros no mercado futuro, no entanto, representa a busca por hedge para as aplicações desses investidores nos mercados de renda fixa e de ações.

Lá fora, o dólar apresentava uma alta modesta frente às principais moedas emergentes, com os investidores mantendo a cautela à espera da divulgação do relatório de emprego, “payroll”, nos Estados Unidos na próxima sexta-feira.

O dólar caía 0,21% frente ao dólar australiano, 0,16% diante da lira turca e 0,07% em relação ao peso mexicano.

A divulgação de dados econômicos ainda modestos dos Estados Unidos e a perspectiva da adoção de medidas de estímulo na China mantêm o apetite por operações de “carry trade”, que buscam ganhar com a arbitragem de juros.

Com uma taxa básica de juros de 10,75% e a expectativa de mais um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Copom na quarta-feira, o Brasil tem sido um dos mercados que mais têm atraído esses capitais de curto prazo. “A elevação da taxa básica de juros deve continuar atraindo capital externo”, afirma Marcos Trabbold, diretor de câmbio da B&T Corretora.

Diante de um cenário com o câmbio abaixo de R$ 2,30,  os investidores já discutem se a autoridade monetária fará a rolagem do lote de US$ 8,733 bilhões em contratos de swap com vencimento em 2 de maio. “A rolagem do próximo lote de swaps vai depender do patamar do dólar. Se a taxa de câmbio continuar baixa, o BC pode optar por não realizar a operação e aproveitar para reduzir a posição em swaps cambiais”, afirma Abucater, da Icap.

Seguindo o cronograma do programa de intervenção no câmbio, o Banco Central vendeu hoje 4 mil contratos de swap cambial, cuja operação movimentou US$ 198,3 milhões. Com isso, o estoque em operações de swap cambial soma US$ 87,495 bilhões.

(Silvia Rosa | Valor)

Fonte: Valor


Tópicos:
visualizações