Moeda norte-americana subiu 0,21%, cotada a R$ 1,9751 na venda. Mercado avaliou a ata da última reunião do Copom.
O dólar comercial fechou em leve alta sobre o real nesta quinta-feira (14), após rondar a estabilidade durante o dia, com exportadores aproveitando o recente repique das cotações para fechar contratos de câmbio, aumentando a oferta da moeda norte-americana no país.
A moeda norte-americana subiu 0,21%, cotada a R$ 1,9751 na venda.
As variações eram contidas, no entanto, por novos sinais de que o Banco Central não deseja grandes oscilações no mercado cambial.
O mercado digere ainda a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual o Banco Central voltou a falar em moderação na dinâmica de certos ativos financeiros e citou a "importante força desinflacionária" caso os preços desses ativos permaneçam nos "atuais níveis", diz a agência Reuters.
Para agentes de mercado, foi mais uma forma de o Banco Central sinalizar ao mercado que trabalhará para manter o dólar perto dos atuais níveis, entre R$ 1,95 e R$ 2, contendo assim o aumento da volatilidade.
Com isso, o BC reforçou essa sinalização, já emitida de alguma forma pelas recentes intervenções - que ocorreram sempre que o dólar ameaçou um dos extremos daquele intervalo - e também por declarações recentes do presidente da instituição, Alexandre Tombini.
"A ata sugeriu que o BC está confortável com o atual nível do câmbio. Então o dólar vai ficar naquele intervalo de R$ 1,95 com R$ 2 não vai sair muito disso", afirmou o operador do Banco Daycoval Luiz Fernando Gênova, de acordo com a agência Valor Online.
O mercado passou a ver tais patamares como os limites de uma banda informal depois que temores com inflação alimentaram interpretações de que o governo aceitaria um real mais valorizado para conter pressões adicionais sobre os preços.
A recente valorização da moeda norte-americana também atraía exportadores interessados em garantir uma cotação mais favorável aos seus dólares, afirmou um trader do mercado de câmbio.
Nesta semana, Tombini destacou em discurso na Polônia que o BC conterá a escalada da volatilidade cambial. No fim de fevereiro, ao falar a investidores em Nova York, o presidente do BC disse que o câmbio não deve ser um fator de pressão sobre os preços como foi no ano passado.
Fonte: G1