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Dólar: Efeito câmbio faz dívidas das empresas subirem R$ 16,4 bi

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24/06/2013 - 09:18

São Paulo - Em menos de três meses, a dívida das empresas brasileiras em dólar pode ter aumentado R$ 16,4 bilhões em consequência da desvalorização cambial. Entre o fim de março e a última quinta-feira, quando a moeda americana atingiu seu patamar mais alto desde 1º de abril de 2009, houve apreciação de 11,84% em relação ao real.

Levantamento da empresa de informações financeiras Economática envolvendo 114 empresas de capital aberto mostra que, no fim de março, elas acumulavam dívida de R$ 232,7 bilhões em moeda estrangeira. Convertido ao dólar Ptax de quinta-feira (R$ 2,2523), o estoque sobe para R$ 249,1 bilhões.

Só a Petrobras responde por quase 55% do montante. A presidente da estatal, Maria das Graças Foster, disse na sexta-feira que vai aguardar até o último dia útil de junho para quantificar possíveis efeitos do câmbio.

Os dados da Economática, com base nos balanços enviados à BM&F Bovespa em 31 de março, mostram que, no primeiro trimestre, o lucro das 114 companhias somou R$ 19,3 bilhões. “Se a lucratividade for mantida no segundo trimestre, é assustador pensar que só as despesas financeiras correspondem a 85% desse lucro com a variação cambial”, diz Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional e comercial da Economática.

Rivero pondera que os dados são válidos apenas se as empresas não fizeram novas dívidas em moeda estrangeira no segundo trimestre nem quitaram parte delas. Além disso, companhias que fazem hedge - seguro para se defender de possíveis variações cambiais - são menos penalizadas. De acordo com o levantamento, a dívida em moeda estrangeira no primeiro trimestre equivalia a 44,7% do endividamento total bruto das companhias, que somava R$ 520,2 bilhões.

Impactos

Pelos dados da Economática, a dívida da Petrobras teve acréscimo de R$ 9 bilhões por causa da virada do câmbio. Soma agora R$ 136,6 bilhões em moeda estrangeira, pela cotação do dólar de quinta-feira.

Depois da estatal, as empresas com maior endividamento são Oi (R$ 13,6 bilhões), Eletrobrás (R$ 10,3 bilhões), JBS (R$ 8,8 bilhões), Fibria (R$ 8,2 bilhões), BRF (R$ 5,6 bilhões) e Suzano (R$ 5,2 bilhões).

Fonte: Jornal O Popular


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