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Dólar cai mais de 1% e marca o menor valor desde outubro de 2013

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08/04/2014 - 09:07

SÃO PAULO  -  A perspectiva de fluxo positivo para o Brasil, com o ingresso de recursos de captações de empresas brasileiras no exterior e para investimento em portfólio, e o cenário de menor aversão a risco continuam sustentando a queda do dólar frente ao real. A atuação do Banco Central no câmbio, por meio das rolagens de contratos de swap, também contribuiu para que o movimento de desvalorização da moeda americana no mercado local fosse mais acentuado.

O dólar comercial fechou em queda de 1,07% a R$ 2,22, menor patamar desde 31 de outubro de 2013. O contrato futuro recuava 0,77% para R$ 2,233.  No ano, o dólar cai 5,81%, levando o real a apresentar a segunda melhor performance entre 17 moedas emergentes, só atrás da rúpia da Indonésia. Se considerarmos desde o fim de fevereiro, quando o movimento de retorno dos investimentos para mercados emergentes ganhou mais força, a divisa brasileira apresenta a melhor performance, acumulando valorização de 5,63%.

A perspectiva de fluxo positivo de recursos para o Brasil tem sustentado a valorização do real. A Gerdau contratou um consórcio de bancos para sondar o mercado a respeito de emissão de bônus com vencimento em 30 anos. Já o BNDES planeja uma emissão de títulos seniores em dólar com vencimento em abril de 2019 e a reabertura de uma emissão de bônus que vencem em setembro de 2023. Em janeiro, o banco de fomento emitiu 650 milhões de euros em bônus com vencimento em cinco anos. “O fluxo continua forte e o dólar deve testar o patamar de R$ 2,20 ainda nesta semana”, afirma Jayro Rezende, gerente de derivativos cambiais da CGD Investimentos.

Além das captações de empresas brasileiras no exterior continuarem aquecidas, o apetite maior de investidores estrangeiros por ativos de risco suporta o ingresso de recursos para portfólio no Brasil. “As taxas dos títulos do Tesouro americano continuam comportadas, o que faz com que a busca por retorno continue”, destaca Rezende, da CGD Investimentos.

Outro fator que tem influenciado o mercado local é a especulação em relação às pesquisas eleitorais.  No sábado, a pesquisa realizada pelo Datafolha mostrou uma queda de seis pontos percentuais da presidente Dilma Rousseff (PT), para 38% das intenções de voto. Mesmo assim, esse número garantiria a reeleição da presidente no primeiro turno. A possibilidade de uma mudança na corrida eleitoral tem levado os investidores a apostar em uma troca de comando no próximo governo, o que tem contribuído para a queda do dólar e alta da bolsa.

Apesar de o dólar estar no menor patamar desde 31 de outubro de 2013, o BC mantém a intervenção no câmbio, rolando hoje mais uma parcela de 10 mil contratos de swap que tinham vencimento previsto para o início de maio, cuja operação somou US$ 493 milhões. Mais cedo, a autoridade monetária vendeu os 4 mil contratos de swap cambial ofertados, cuja operação somou US$ 198,3 milhões. Os contratos foram colocados para vencimento em 1º de dezembro.

(Silvia Rosa | Valor)

Fonte: Valor


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