Os mercados financeiros iniciam a sessão pressionados pela notícia de que o governo irá prever um déficit primário na proposta do Orçamento de 2016. "É uma péssima notícia, algo que muda muito o cenário para os negócios", define um operador.
Às 9h25, a moeda americana avançava 1,57%, para R$ 3,6414. O movimento ocorre a despeito do anúncio do Banco Central (BC), na sexta-feira passada, de que fará a rolagem integral do vencimento de quase US$ 10 bilhões em swaps de outubro, o que deveria dar alívio à cotação.
Segundo operadores, o mercado está atento a possíveis movimentos de saída de capital estrangeiro, a exemplo do que ocorreu em julho, quando o governo alterou a meta de superávit primário para este e o próximo ano. Na ocasião, relatam profissionais, houve cinco semanas consecutivas de saída forte de investidores que estavam aplicados em diferentes ativos. Agora, o receio é que essa dinâmica seja retomada.
Na mesma linha, os juros futuros disparam. O DI janeiro/2017, por exemplo, subia para 14,23%, ante 13,95% no ajuste de sexta-feira. O DI janeiro/2021 era negociado a 14,15%, de 13,71%.
Fonte: UOL