Em meio a negociações para definir quem comandará os bancos públicos no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, estiveram no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (14) para se reunir com a presidente Dilma Rousseff.
Embora não haja comunicado oficial sobre quem comandará os bancos, há expectativa no meio político de que o anúncio possa ocorrer nos próximos dias.
Inicialmente, o encontro entre Dilma e Luciano Coutinho estava previsto para as 17h desta quarta. Porém, a presidente chamou Bendine ao Planalto e, conforme apurou o G1, a reunião começou por volta das 15h30 e se estendeu por mais de três horas e meia.
Enquanto Dilma conversava com o presidente do Banco do Brasil, Luciano Coutinho aguardava em uma sala ao lado para ser chamado por ela. No terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete de Dilma, só têm acesso convidados da presidente e funcionários da Presidência.
A imprensa não tem acesso ao local. Um elevador privativo leva o convidado da presidente a uma garagem exclusiva de autoridades.
Conforme o G1 mostrou no último fim de semana, partidos da base aliada pressionam o governo por indicações para os cargos do chamado “segundo escalão” – estatais, secretarias, departamentos e autarquias.
Principal conselheiro político de Dilma, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) repassou ao ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais), responsável pela articulação política, a tarefa de receber líderes e presidentes de partidos para ouvir as sugestões para o segundo escalão. Vargas faz o primeiro "filtro" das indicações e os nomes aprovados por ele são discutidos com Mercadante e levados, posteriormente, à presidente Dilma.
Além das presidências do BNDES e do Banco do Brasil, outros bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Nordeste (BNB), também podem ter novos dirigentes a partir deste ano. Principal aliado do governo, o PMDB reivindica o comando do BNB.
Fonte: G1