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Desenvolvimento: Goiás amplia participação no PIB industrial do País

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07/11/2014 - 09:00

Estado eleva fatia no PIB em 0,5 ponto porcentual entre 2001 e 2011. Na geração de emprego, avanço foi de 0,6 ponto entre 2003 e 2013

A indústria goiana está participando mais da geração de riquezas e dos empregos gerados pelo setor industrial no País. Entre 2001 e 2011, a participação do Estado no PIB industrial nacional cresceu 0,5 ponto percentual. Em 2011, Goiás participou com 2,7% das riquezas geradas pela indústria no País, segundo o estudo Perfil das Indústrias nos Estados, divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo mostrou que, apesar da participação goiana na geração de empregos do setor também ter avançado 0,6 ponto entre 2003 e 2013, a indústria goiana ainda paga 19,6% menos que a média do setor no País.

Em Goiás, a indústria já representa 23,2% da economia e emprega 353 mil trabalhadores, que respondem por 23,4% dos empregos formais do Estado. Os setores com maior participação no PIB da indústria local são o de alimentos, com 52,8% do total, veículos automotores, com 7,3%, e o químico, com 7%.

Para o economista da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Cláudio Henrique de Oliveira, o avanço da participação goiana na indústria nacional é resultado de um crescimento local acima da média nas últimas décadas. Uma das causas foram os programas de incentivo fiscal concedidos pelo governo estadual, como Fomentar e Produzir, que atraíram diversos investimentos para o Estado.

Produção

Porém, Cláudio Henrique lembra que esse aumento da participação no PIB industrial também foi consequência das boas condições locais para produção agropecuária, que favoreceram a agroindústria com uma farta oferta de matérias-prima, e da localização estratégica para distribuição de produtos no País.

O economista credita que o grande aumento da participação da cadeia produtiva de veículos automotores no setor industrial goiano graças à chegada de gigantes do setor, como a Hyundai, e ao grande valor agregado de sua produção. “Aliás, um dos objetivos do setor em Goiás é elevar a agregação de valor à produção local e a exportação de manufaturados”, destaca. A pauta de exportações ainda é muito baseada em produtos como soja, carne e minérios.

Com a diversificação da economia goiana, a indústria local perdeu 1,2 ponto percentual de participação no PIB do Estado. Mas o estudo mostra que 72,5% das 19.200 empresas industriais de Goiás são micro empresas com até 9 empregados. Cláudio Henrique lembra que a indústria goiana ainda mantém características de empresas familiares. Porém, elas caminham rapidamente para uma profissionalização de gestão, a fim de ganharem competitividade.

A indústria é responsável por 23,4% do emprego com carteira assinada em Goiás e contribui com 3% da força de trabalho industrial do País. Para o economista da Fieg, isso é resultado da abertura e ampliação de muitas empresas. Ele acredita que, apesar de estar bem abaixo da média nacional, o salário médio na indústria seja compatível com o custo de vida local. A tecnologia criou o chamado “emprego estrutural”, que exige mais qualificação e produtividade, apesar de exigir menos pessoas para o trabalho.

Por ter mais indústrias de menor porte, o Estado também tem uma alíquota efetiva média do Simples Nacional inferior à média do Centro-Oeste e do País: 4,9%. Apesar do estudo ter mostrado que a indústria goiana paga 19,2% menos que a média nacional pela sua energia elétrica, Cláudio Henrique acredita que hoje essa realidade seja diferente, depois do último reajuste da Celg.

Crescimento

Os empreendedores do setor atribuem o crescimento da indústria local aos programas de incentivo e às oportunidades de um mercado pujante nos últimos anos. O empresário Alcir Marques, da Fricó Alimentos, conta que o incentivo do Produzir, de cerca de R$ 22 milhões, motivou a empresa a construir uma nova sede, com 8 mil metros quadrados de área construída, e a praticamente dobrar o número de empregados, que hoje somam 230 pessoas.

A empresa, que produz embutidos como apresuntado, calabresa, mortadela e linguiça, iniciou suas atividades com uma produção caseira. A próxima meta, segundo Alcir, é dobrar a produção de 30 toneladas diárias e 600 toneladas mensais até meados do próximo ano, pois a empresa está confiante na economia.

No país

Estado mais industrializado do Brasil, São Paulo foi quem mais perdeu espaço na produção da indústria nacional, segundo a pesquisa da CNI. De 2001 a 2011, a participação de São Paulo no PIB industrial teve a maior retração, de 7,7%. De outro lado, o Estado do Rio de Janeiro teve a maior alta, com 2,5%.

A conclusão do estudo Perfil da Indústria nos Estados, segundo a CNI, é que está ocorrendo desconcentração da indústria no País, com maior distribuição das empresas no território nacional. “Ainda temos indústria bastante concentrada na Região Sudeste, mas o que estamos percebendo é queda na participação de São Paulo no PIB industrial e um crescimento do Rio de Janeiro, Minas Gerais e também nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, afirmou o gerente de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.

Os outros três Estados que tiveram queda na participação no PIB nacional foram Rio Grande do Sul (1,2%), Paraná (1%) e Bahia (0,2%).

Fonte: Jornal O popular

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