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Depois de encontro com Dilma, Renan recua na votação do projeto de autonomia do BC

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05/11/2013 - 09:39

Depois de um encontro de duas horas com a presidente Dilma Rousseff, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse nesta segunda-feira (4) que desistiu de colocar em votação neste ano o projeto que concede autonomia operacional ao BC (Banco Central). Renan afirmou que, como governo e oposição são contrários à proposta, o debate foi "interditado" no Congresso.

"Os governos são contra a regulamentação. A oposição também. Isso, na verdade, interditou o debate que parecia amadurecido. Evidentemente, pelas posições claramente assumidas, não está", afirmou.

Na semana passada, Renan prometeu colocar o projeto em votação até o final do ano. O gesto foi interpretado como um recado a Dilma, depois que a presidente indicou interinamente o secretário-executivo Francisco Teixeira para o Ministério da Integração Nacional --sem escolher o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), aliado de Renan e nome indicado pelo PMDB para o cargo.

PMDB propõe adiar votação de autonomia maior para Banco Central

Renan nega que tenha discutido a questão do Banco Central no encontro com Dilma, assim como a indicação de Vital para o ministério, mas mudou o discurso sobre o projeto de autonomia do banco depois da longa conversa com a presidente que ocorreu esta tarde no Palácio da Alvorada, residência oficial de Dilma.

"Nós não falamos sobre essa questão do Banco Central. Esse é um dos artigos que precisa ser regulamentado na Constituição, mas não há ainda um amadurecimento que permita a apreciação pelo Senado", disse. "Nós não tratamos de reforma ministerial, não seria o caso, isso é uma decisão da presidente. No momento que ela entender que deve tratar, ela vai tratar sim", completou.

Nas duas horas de conversa, Dilma e Renan discutiram a aliança do PT com o PMDB nos principais Estados. Em meio à pressão de peemedebistas para que o partido rediscuta a união com o PT em torno da reeleição de Dilma ao Palácio do Planalto, em consequência das disputas regionais entre as duas siglas, Renan disse que a aliança está "certíssima" e "mais do que nunca consolidada".

EMBATES

O PMDB e o PT disputam candidaturas em diversos Estados, o que pode levar a Dilma a ter palanques duplos --e até triplos --de aliados em sua campanha à reeleição. No Rio de Janeiro, por exemplo, o PMDB pressiona o PT para retirar a pré-candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo para que a presidente apoie o nome de Luiz Fernando Pezão (PMDB), peemedebista que vai entrar na disputa.

Outro problema está no Ceará, onde o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) articula sua candidatura ao Estado e o PT negocia apoio ao nome de Leônidas Cristino (Pros), que tem apoio do atual governador Cid Gomes (Pros).

Em Alagoas, Renan trabalha pela candidatura do filho, o deputado Renan Filho (PMDB-AL), para o governo do Estado. Também não descarta entrar na disputa caso o nome do filho não cresça nas pesquisas de intenções de votos.

Depois da conversa com a presidente, Renan disse que o PT vai apoiar o seu candidato e minimizou os conflitos estaduais.

"É natural que o PT apoie o PMDB [em Alagoas], independente de quem seja o candidato. Excesso de candidaturas não é problema, é solução. O problema é falta", afirmou.
Renan classificou de "naturais" as tensões entre os dois partidos nos Estados ao afirmar que a aliança nacional terá "muita força" nas disputas locais.

"A aliança PMDB e PT está certíssima, mais do que nunca consolidada. O que você vai ter que montar é a circunstância de cada estado. Mas isso, o processo político recomenda que façamos conversas e mais conversas. Conversar não arranca pedaço", disse.

Fonte: Valor


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