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Depois de dois meses, dólar volta a ultrapassar R$ 2,30

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08/11/2013 - 09:21

SÃO PAULO  -  O crescimento acima do esperado da economia dos Estados Unidos anulou o efeito do corte da taxa básica de juros na zona do euro, ajudando a fortalecer ainda mais a moeda americana. Isso, somado aos fatores internos — piora dos fundamentos macroeconômicos do Brasil e a preocupação crescente com um rebaixamento da nota de classificação de risco do Brasil — fez com que o real liderasse hoje as perdas frente ao dólar, superando inclusive a desvalorização do euro. O dólar comercial fechou em alta de 1,05% a R$ 2,3070, maior patamar desde 5 de setembro. O contrato futuro com vencimento em dezembro avançava 0,80% para R$ 2,319.

A divulgação de um crescimento de 2,8% da economia americana no terceiro trimestre, acima do esperado pelo mercado, reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) poderia antecipar a retirada dos estímulos monetários para este ano.

No Brasil, além dos fatores domésticos como deterioração da situação fiscal, crescimento econômico fraco num ambiente de inflação elevada, e aumento do déficit em conta corrente, a escassez de dólares no mercado passa a ser um fator a mais de pressão para a alta do dólar. As saídas de investidores estrangeiros hoje ajudaram a impulsionar a alta do dólar no mercado à vista.  “Em um ambiente de incerteza em relação à política monetária americana, os investidores passam a ser mais seletivos e punem os países com fundamentos econômicos mais fracos”, afirma um executivo de uma tesouraria de um banco estrangeiro. Ontem, o Banco Central informou que o fluxo cambial de outubro ficou negativo em US$ 6,2 bilhões , o maior déficit no ano e o pior resultado para o mês desde 1997.

Robério Costa, economista-chefe do Rabobank Brasil, avalia que o risco de um rebaixamento da nota de classificação de risco do Brasil - o que deixaria o país apenas um degrau acima do grau de investimento - já está refletido nos preços dos ativos

Nesse cenário, Costa destaca que o BC tem condições de estender o programa de intervenção no mercado de câmbio para o ano que vem, mas isso deve ser insuficiente para mudar a trajetória de alta do dólar em um cenário de redução de estímulos monetários pelo Federal Reserve e de um possível rebaixamento da nota de risco do Brasil. “O pior cenário seria o de um rebaixamento do rating do Brasil com a manutenção de perspectiva negativa”, opina o economista.

(Silvia Rosa | Valor)

Fonte: Valor

 


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