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Delegado diz que quadrilha desviou mais de R$ 5 milhões de bancos

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28/01/2015 - 10:56

Esquema de fraudes foi descoberto após prisão de suspeito, em Goiás. Investigação aponta que grupo tinha apoio de comerciantes para os golpes. 



          A Polícia Civil diz que o montante desviado de bancos em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, por meio de um esquema de fraudes, já passa dos R$ 5 milhões. “No início, tínhamos valores em torno de R$ 2 milhões, mas já sabemos que os golpes foram ainda maiores. A quadrilha chegou até a comprar bens, como uma fazenda no Pará. Então, o prejuízo para os bancos é ainda mais elevado”, disse ao G1 o delegado responsável pelo caso, Cristiomário Medeiros.

De acordo com a polícia, as fraudes foram descobertas depois que um homem, apontado como líder da quadrilha, foi preso em uma blitz policial na última sexta-feira (23). Com ele, foram apreendidos mais de R$ 10 mil em dinheiro, cartões de diversas instituições bancárias, vários documentos de terceiros e uma arma com munição.

“Como ele estava armado, lavramos a prisão em flagrante por porte ilegal. Mas quando fizemos buscas nos endereços que ele apresentou, encontramos os elementos que comprovaram o esquema criminoso de fraudes bancárias, além de R$ 150 mil em dinheiro, diversos aparelhos eletrônicos e dois carros de luxo”, ressaltou o delegado.

De acordo com Cristiomário, para cometer os crimes, o estelionatário tinha o apoio de outros suspeitos e de comerciantes. Para começar a fraude, uma pessoa cedia a conta bancária para a quadrilha fazer transferências. Em seguida, o dinheiro depositado era usado para o pagamento de boletos, que chegavam até a R$ 60 mil, em nome de comércios da cidade. Depois de alguns dias, o cliente procurava o banco e alegava que a conta tinha sido clonada. Assim, o dinheiro do ressarcimento e de indenizações era dividido entre os envolvidos.

Além das pessoas que cediam as contas, segundo o delegado, a quadrilha também roubava de correntistas dos bancos que fazem transações pela internet. “Nesses casos os hackers usavam os dados dos clientes e faziam transferências para as contas de laranjas, limpando todo o limite. Depois, esse dinheiro era usado para o pagamento dos boletos, muitas vezes emitidos por empresas fantasmas, que apenas usavam o CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica] para emitir os documentos, e até mesmo de empresas reais”, detalhou o delegado.

Polícia apreendeu com suspeito dinheiro, drogas, arma, cheques e diversos documentos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Polícia apreendeu com suspeito dinheiro, cheques
e documentos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Segundo Cristiomário, tudo indica que a quadrilha tinha ramificações em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. “Estamos fazendo um levantamento detalhado, pois são muitas pessoas envolvidas. Até agora já ouvimos cinco suspeitos, além do que está preso, mas eles foram liberados, já que não existe situação de flagrante. De qualquer forma, se comprovados os envolvimentos com os crimes, eles serão indiciados ao longo do inquérito ou com a conclusão das investigações”.

O delegado ressaltou, ainda, que a Polícia Federal deverá ser acionada para investigar as fraudes contra a Caixa Econômica Federal. “Diversos outros bancos foram vítimas, mas no caso da Caixa, a Polícia Federal vai apurar por se tratar de uma empresa pública”, disse.

Prisão
O homem que foi preso já foi indiciado por estelionato, porte ilegal de armas e porte de drogas.  Ele segue na delegacia, já que não há vagas no presídio da cidade. “Pedimos à Justiça a conversão da prisão dele para preventiva, uma vez que ele ainda está detido sob a condição do flagrante. De qualquer forma, até a decisão do juiz, ele permanecerá preso”, explicou Cristiomário.

O delegado ressaltou que outro suspeito, que teria também um papel de liderança na quadrilha, foi identificado e deve se apresentar ainda nesta terça-feira (27). “O advogado dele nos procurou e disse que ele vai se apresentar. Esperamos que isso aconteça, assim como os demais suspeitos, que devem ser ouvidos ao longo dos próximos dias”, concluiu.

Fonte: G1

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