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Deficit comercial mensal deve ter recorde negativo após manobras da Petrobras

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22/01/2013 - 10:45

A balança comercial caminha para o pior resultado mensal da história. O deficit já atinge US$ 2,7 bilhões nos 20 primeiros dias de janeiro.

Mantida a tendência, o deficit mensal será o maior da série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), disponível para consulta a partir de 1997. Desde então, o pior resultado foi de outubro de 1998: US$ 1,4 bilhão.

Especialistas evitam estimar um número para o acumulado deste mês. A dificuldade não está nas projeções para o preço do minério de ferro ou no volume de soja embarcado, mas sim no ritmo dos registros das operações da Petrobras no exterior.

Segundo José Augusto de Castro, presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), as manobras da estatal são responsáveis pelo alto deficit neste mês.

Nas três primeiras semanas de janeiro, a média diária das importações de combustíveis e lubrificantes subiu 52% em relação ao mesmo período de 2012, contribuindo para a alta de 18% nas importações, que atingiram US$ 938 milhões por dia.

"Em dezembro de 2012, claramente houve antecipação dos embarques de petróleo e atraso nas importações de derivados", afirma Castro.

O atraso no registro das operações evitou que o saldo comercial de 2012, o menor em dez anos, fosse ainda pior.

As importações começaram a ser contabilizadas no início deste ano, mas há dúvidas se todas entrarão na balança já em janeiro. As exportações de petróleo recuaram 63% nos 20 dias deste mês.

A AEB estima que de US$ 7 bilhões a US$ 9 bilhões em importações de petróleo e derivados deixaram de ser registradas no ano passado.

O cálculo considera o ritmo das compras no primeiro semestre e o anúncio da Petrobras de alta de 14% nas importações do terceiro trimestre em relação ao segundo.

Os dados da Secex, porém, apontam queda de 50% nas compras de petróleo e derivados de julho a setembro em relação ao trimestre anterior.

"Houve aumento da demanda por derivados no segundo semestre e esse número vai ter que aparecer em algum momento", diz Walter de Vitto, economista da Tendências Consultoria.

As importações despencaram a partir de julho, quando uma instrução normativa da Receita Federal concedeu 50 dias de prazo para o registro das compras da Petrobras.

Pelo prazo previsto, os registros deveriam ter se normalizado a partir de setembro. O ritmo normal das importações, porém, foi retomado apenas em novembro e voltou a recuar em dezembro.

Fonte: Folha.com


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