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Dados do BC mostram que câmbio seguia sobrevalorizado em julho

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22/08/2013 - 09:19

Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que a taxa de câmbio real seguia relativamente apreciada em julho, a despeito da forte desvalorização do real ocorrida desde fins de maio.

Quando deflacionado pelos índices de preços no atacado, o índice de taxa de câmbio efetiva real chegou a 71,9 em julho. Nessa métrica, quanto menor o número, mais sobrevalorizada está a moeda nacional.

Em julho, a taxa de câmbio seguia sobrevalorizada em pouco mais de 7% em relação aos números observados em 2006, quando o índice estava em 77,6.

Naquela época, o Brasil começava a se beneficiar do "boom" nos preços de commodities que, somado aos fortes fluxos de capitais produzidos pela política monetária relaxada de economias avançadas, levou o indicador de taxa de câmbio efetiva real a valores tão baixos quanto 56,4 em 2010.

Em julho, a cotação média do dólar foi de R$ 2,25 e, de lá para cá, a moeda americana assumiu novo nível, na casa dos R$ 2,40. Quando considerada a taxa real de câmbio em relação ao dólar, o índice estava em 63,4 em julho, ou taxa 13% apreciada em relação a 2006.

Muitos analistas têm alertado que o real se depreciou mais do que as moedas de outros emergentes desde que BC americano deu sinais de mudança na sua política monetária. Para alguns, essa é uma evidência de que o Brasil está sendo punido pela baixa qualidade da política econômica.

Não é fácil, porém, separar o que, dessa depreciação cambial, está ligado ao ajuste nas contas externas e o que se deve a uma suposta aversão a risco ligada à política econômica recente. Na teoria, o tamanho da depreciação de cada país depende do grau de sobrevalorização da moeda e da necessidade de ajuste externo. O déficit em conta corrente do Brasil era de 3,14% do Produto Interno Bruto (PIB) nos 12 meses até junho.

Na série estatística do BC, o índice 100 é em junho de 1994, véspera da adoção do Plano Real. Comparado àquela época, o real estava 29% sobrevalorizado em julho. A taxa de câmbio efetiva real leva em conta a cotação da moeda brasileira ponderada pelo peso das moedas dos 15 maiores parceiros comerciais do Brasil, deflacionada pela inflação interna e externa.

A taxa de câmbio efetiva real, em julho, estava ainda 19% sobrevalorizada em relação à média histórica do indicador, de 87,7, que começa em 1988.

Fonte: Valor


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