Atenção! Você está utilizando um navegador muito antigo e muitos dos recursos deste site não irão funcionar corretamente.
Atualize para uma versão mais recente. Recomendamos o Google Chrome ou o Mozilla Firefox.

Notícias

Custo de vida: Inflação de Goiânia no ano é a maior desde 2002

Facebook
Twitter
Google+
LinkedIn
Pinterest
Enviar por E-mail Imprimir
05/12/2012 - 11:29

IPC da capital sobe 8,41% de janeiro a novembro. Na comparação mensal, houve desaceleração

Há dez anos o goianiense não enfrentava uma inflação tão alta como a de 2012. De janeiro a novembro, o custo de vida na capital goiana já aumentou 8,41% e só perde para o de 2002, quando o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) Goiânia chegou a 19,47%. A estimativa é de que a inflação de Goiânia feche o ano em torno de 9%.

Naquela época, houve uma instabilidade financeira em todo o País, em função de incertezas políticas, com a primeira eleição do presidente Lula. Desta vez, três fatores pontuais contribuíram para a alta da inflação: o aumento do salário mínimo no início do ano (14%), o reajuste acumulado dos alimentos (10,26%) e a alteração da tarifa de energia elétrica (18,6%).

Os dados são do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, que é ligado à Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/ Segplan). O IMB divulgou ontem a inflação de novembro, cujo índice desacelerou em relação ao mês de outubro (de 0,97% para 0,51%).

Com base no peso que cada produto teve no índice no mês passado, o que mais contribuiu para o aumento do custo de vida em novembro foi o arroz, que subiu 2,77%, devido à redução da oferta do alimento no mercado, explica o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais, Marcelo Eurico de Sousa.

Em segundo lugar, ficou o cigarro (3,33%), em função do reajuste adotado por um dos maiores fabricantes de tabaco no País, seguido do frango (4,73%), que teve influência do alto custo da produção (ração) e da grande demanda de consumo.

As carnes bovinas também tiveram reajuste considerável (3,33%), mas por causa do aumento das exportações, que reduz a oferta no mercado interno.

Ao longo do ano, os alimentos pressionaram a inflação principalmente no segundo semestre, também por consequência de secas prolongadas em regiões produtoras, como o Nordeste e Centro-Oeste do País.

Em novembro, o grupo de saúde e cuidados pessoais sofreu variação de 1,38%, puxado pelo reajuste de 2,3% dos medicamentos - destaque para os anti-inflamatórios e antirreumáticos (7,99%). Dentro dos artigos residenciais, a pressão positiva partiu do mobiliário e eletroeletrônicos, que tiveram preços alterados em função da grande variedade de lançamentos nos últimos meses.

Expectativa

Os pesquisadores do IMB esperam fechar o mês de dezembro com uma inflação positiva, mas sem nenhuma variação muito alta. Marcelo Eurico afirma que, apesar do crescimento da demanda por alimentos durante as festas de Natal e Ano Novo, os preços devem ficar estáveis em razão da boa safra esperada para determinados produtos, como frutas e hortaliças.

“Muitos produtores aproveitaram os preços elevados de alguns alimentos, como o tomate, por exemplo, para plantar e essa safra vai reforçar o mercado neste fim de ano. Quando a oferta aumenta, o preço tende a cair”, esclarece Marcelo Eurico.

Com isso, a maior pressão deve ocorrer por parte das carnes. Este mês também haverá resíduo do reajuste do cigarro (acima de 10%).

Fonte: Jornal O Popular


Tópicos:
visualizações