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Custo de vida: Combustível faz inflação de Goiânia ter maior alta do País

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08/11/2013 - 09:22

Aumento do combustível refletiu nos preços de outros produtos, principalmente de alimentos, e o IPCA de outubro da capital fechou em 0,92%, ante 0,33% do mês anterior

A elevação dos preços do etanol e da gasolina, ocorrida no fim do mês de setembro e que pegou o consumidor no contrapé, refletiu fortemente no custo de vida do goianiense. Os combustíveis, além de alguns itens do grupo de alimentação, são os principais responsáveis por posicionar Goiânia como a capital com o maior aumento do custo de vida, em outubro, no País.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,92% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chegou a 0,93% no mês passado, de acordo com informações divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Transporte

Com um transporte público deficiente, que ‘incentiva’ a aquisição de veículos para atender a necessidade de locomoção do dia a dia, o peso da elevação dos preços dos combustíveis é expressivo na inflação. Na prática, funciona como a engrenagem de uma máquina. O custo mais alto para transportar as mercadorias reflete na elevação dos preços dos produtos que chegam às feiras, supermercados, mercados e outros pontos de venda.

Outra situação observada é o respingo da alta do combustível no setor de prestação de serviços. “Muitos prestadores desse segmento utilizam veículo próprio para atender sua clientela. Se aumenta o preço do combustível, ele repassa o valor de seu serviço para compensar”, afirma o economista Jeferson de Castro.

Grupos

Outra prova da importância do combustível ao longo da cadeia pode ser observada pelos números. Entre todos os grupos pesquisados, o transporte é o que mais puxa a inflação (1,39%), seguido pelo grupo de alimentos e bebidas (1,24%) e despesas pessoais (0,99%).

Em decorrência de toda essa dinâmica inflacionária, o consumidor sente, paulatinamente, o dinheiro perder valor. O empresário Mauro Luis Altino enumera uma série de itens que sofreram aumento no mês passado. “O preço do combustível subiu bastante, mas no mês passado a carne, frango, mortadela, leite longa-vida, tudo isso aumentou”, afirma. Com hábito de sempre ir às compras, ele acredita que os supermercadistas usam táticas para atrair os consumidores. “Eles fazem algumas promoções, mas diluem essas reduções em outros produtos.”

A mesma sensação tem a professora universitária Karla Beatriz Pires. Embora saiba que o aumento do combustível está engolindo uma parcela maior de seu rendimento, diz que a elevação é generalizada. “Não calculei o aumento do meu gasto com combustível, mas tenho percebido aumento também em muitos outros produtos.”

Já para a psicóloga Ticiana Espíndola, de 24 anos, a bronca maior fica mesmo por conta do preço da gasolina. Habituada a gastar R$ 50 cada vez que para num posto de combustível, notou que com esse valor o ponteiro do marcador agora para em um ponto bem abaixo que antes do aumento. “Antes marcava três quartos do tanque, agora o ponteiro para na metade”, diz.

Dedicando seu tempo integralmente aos estudos para concursos públicos, Ticiana diz que o incremento veio em péssima hora. “Hoje, por exemplo, ia completar o tanque, mas como não divide no cartão, mudei de ideia.”

Fonte: Jornal O Popular
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