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Custo de vida: Aumento das tarifas de ônibus e de água puxa alta da inflação

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07/06/2013 - 09:43

Índice de Goiânia fechou maio em 0,86%, puxado por itens que pesam mais para quem ganha menos

A corda arrebenta sempre do lado mais fraco. O ditado popular cai como uma luva ao observar os itens que puxaram a inflação de Goiânia no mês de maio, de 0,86%: as tarifas do transporte urbano e de água e esgoto, serviços que interferem diretamente no custo de vida da população de baixa renda.

E esse não é o único aspecto negativo. Resíduos da elevação do preço da passagem de ônibus devem ainda impactar a inflação deste mês. A boa notícia é que essas elevações encerram o ciclo de reajustes dos serviços públicos deste ano e, além disso, o grupo de alimentação tende a continuar caindo no segundo semestre.

Mesmo vigorando somente nos últimos 11 dias do mês passado, o aumento de R$ 2,70 para R$ 3 (11%) do transporte público fez um estrago na inflação de maio na capital goiana. Cálculos proporcionais referentes a esse período, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Econômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás (IMB/Segplan – GO), apontam uma variação de 4,07%. “E ainda irá refletir na inflação deste mês, já que o resíduo é de 6,76%”, afirma o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do IMB, Marcelo Eurico de Sousa.

O reajuste da passagem de ônibus pesa no bolso do consumidor. Somente esse item contribui com mais de um terço, ou seja, 32% do peso do índice inflacionário, o que explica as manifestações de estudantes contra o aumento e a atuação do Ministério Público (MP) e Procon na análise dos cálculos do reajuste.

Com variação de 5,95%, mas com impacto menor no bolso do goianiense, a tarifa de água e esgoto contribuiu em 16% para o aumento do índice inflacionário (0,86%) – o segundo maior deste ano, perdendo somente para janeiro (1,12%).

Com a chegada do inverno, as roupas, calçados e acessórios também sofreram incrementos nas etiquetas (2,51%).

Alimentação

O grupo que fez muitas donas de casa refazerem as contas do orçamento nos primeiros cinco meses do ano começa a dar sinais de enfraquecimento. A alimentação foi responsável pelo registro de 5,93% no acumulado do ano e de 15,06% nos últimos 12 meses. Entretanto, em maio, itens como óleo de soja (-2,74%), açúcar (-6,33%), frutas (-6,51%) apresentaram recuo. “Além disso, os preços de hortaliças e verduras que apresentaram altas persistentes nesses primeiros cinco meses do ano tendem a cair”, afirma Marcelo Eurico.

O gerente de pesquisas lembra que, no período da seca, há aumento da oferta desses alimentos. Para se ter ideia, no acumulado do ano, alguns alimentos tiveram aumentos surpreendentes, como cenoura (103,65%), batata-inglesa (91,32%), tomate (77,30%), cebola (74,66%), e repolho (55,34%).

O item alimentação no domicílio sofreu oscilação de (0,02%). Já alimentação fora de casa registrou alta de 1,14%. “Eles ainda podem estar absorvendo parte dessa elevação dos preços dos alimentos deste ano”, afirma Marcelo.

Perspectivas

Há duas prospecções feitas para o custo de vida dos goianienses. A primeira análise, focada neste mês, não é muito animadora. Segundo cálculos do IMB/Segplan – GO, o rescaldo do aumento da tarifa de ônibus ocorrida no fim do mês passado será grande – 6,76%. Marcelo calcula que se não fosse esse fator, a tendência seria de queda. “A tendência é de que os alimentos comecem a dar uma trégua. Embora sempre exista a dependência dos fatores climáticos”, salienta.

Entretanto, afirma o especialista, não há nenhum aumento de tarifas de serviços públicos datados para este ano. Essa notícia aliada com a certificação da queda dos preços dos alimentos deve imprimir desaceleração da inflação para os goianienses no segundo semestre.

Fonte: O Popular
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