Taxa média do empréstimo pessoal foi de 5,54% ao mês. No cheque especial, chegou a 8,59%
São Paulo - A queda nas taxas de juros do cheque especial e do empréstimo pessoal registrada em 2012 não acompanhou o ritmo da redução na Selic - a taxa básica de juros fixada pelo governo que serve de referência aos empréstimos praticados no País. A afirmação é de um estudo da Fundação Procon de São Paulo, divulgado ontem.
A taxa média do empréstimo pessoal fechou 2012 em 5,54% ao mês, 0,12 ponto porcentual a menos que a taxa média de 2011, de 5,66% ao mês.
No cheque especial, a taxa média registrada em 2012 foi de 8,59% ao mês, indicando um decréscimo de 0,86 ponto porcentual em relação a 2011, que fechou com 9,45% ao mês.
Segundo o Procon, apesar da queda, as taxas não acompanharam o ritmo de redução da Selic, que sofreu um corte de 3,75 pontos porcentuais em 2012, indo no ano passado de 10,5%, em março, para 7,25%, em outubro, nível em que se mantém até hoje.
O relatório afirma que “o impacto das reduções da Selic sobre as taxas de juros das operações de crédito foi pequeno”.
Maiores e menores
O levantamento anual do Procon envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.
O banco que apresentou a maior taxa média anual de empréstimo pessoal foi o Banco Itaú, com 6,66% ao mês. A menor taxa média foi praticada pela Caixa Econômica Federal, com 4,35% ao mês, uma diferença de 2,31 pontos porcentuais.
O banco que apresentou a maior taxa média anual de cheque especial foi o Banco Safra, com 9,97% ao mês. A menor taxa foi praticada pela Caixa Econômica Federal, com 5,60% ao mês, uma diferença de 4,37 pontos porcentuais.
O Procon conclui o relatório com a recomendação ao consumidor de recorrer ao crédito somente em casos de real necessidade, fazendo comparações de custo-benefício com o objetivo de evitar a inadimplência.
Fonte: Jornal O Popular