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Coutinho nega crise cambial no mercado brasileiro

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23/08/2013 - 10:47

RIO - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta quinta-feira que, apesar da volatilidade cambial neste momento, o mercado brasileiro tem fundamentos sólidos. "Não estamos enfrentando nenhuma crise cambial. Temos um sistema bancário robusto. E um sistema privado robusto também", afirmou ele, durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2013, no Rio de Janeiro.

"Temos condições macroeconômicas perfeitamente administráveis e grandes oportunidades de investimento", completou Coutinho. Segundo ele, o Brasil tem que ter tranquilidade e olhar para o futuro, para "engendrar um processo" em que a economia possa sair mais forte e competitiva desta etapa da crise.

Patamar

Ele afirmou ainda que o Brasil está entrando, muito provavelmente, em um novo patamar de taxa de câmbio. Ontem, o dólar chegou ao valor mais alto ante o real desde 2008, atingindo R$ 2,451.

"Muito provavelmente entramos em um ciclo duradouro de valorização do dólar, o que tende a criar condições mais favoráveis para nossa competitividade no médio prazo", disse Coutinho.

Segundo ele, muitas cadeiras produtivas que perderam espaço na industria de transformação no cenário global poderão "sonhar e ambicionar recuperar esses espaços com o real depreciado". O desafio de curto prazo, segundo o presidente do banco de fomento, é estabilizar volatilidade cambial para evitar pressões inflacionárias.

"Não podemos basear toda nossa política de competitividade na taxa de câmbio", observou Coutinho. Por isso, o executivo defende a criação de fundamentos, de médio e longo prazo, que permitam a travessia por períodos mais ou menos favoráveis ao câmbio, sem afetar a exportação. "Houve uma mudança importante, com a subida nos salários e queda de natalidade, que afetou o crescimento da população economicamente ativa. Torna-se imperioso que empresas invistam em produtividade", afirmou.

Sustentável

Para o presidente do BNDES, uma taxa de câmbio um pouco inferior à atual, entre R$ 2,20 e R$ 2,35, é mais fácil de ser sustentada.

"Não podemos pensar apenas na taxa nominal. Temos que pensar no plano real e na inflação. É preciso tranquilidade para deixar passar esse momento de nervosismo", afirmou.

Segundo o presidente do banco de fomento, em algum momento o câmbio deve voltar a se estabilizar.

Fonte: Valor


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