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Copom: Juros devem neutralizar inflação

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26/04/2013 - 09:14

Brasília - Os diretores do Banco Central (BC) já estão mirando a inflação de 2014. Esse é o horizonte que está norteando as decisões sobre alta dos juros. A preocupação com as projeções para o índice oficial de preços (IPCA) no ano que vem foi explicitada na ata da mais recente reunião do comitê do BC que define a taxa de juros (Copom), divulgada ontem, antecipando o debate sobre a trajetória dos preços no ano eleitoral.

“O julgamento de todos os membros do Copom é convergente no que se refere à necessidade de uma ação de política monetária destinada a neutralizar riscos que se apresentam no cenário prospectivo para inflação, notadamente para o próximo ano”, destaca o documento.

Normalmente, os diretores fazem referência às expectativas para a trajetória dos preços no ano seguinte somente na virada do primeiro para o segundo semestre do ano em curso.

A avaliação interna é que há muito pouco a fazer para reduzir o IPCA deste ano. Apesar de o índice ter superado o teto da meta de 6,5% em março, o BC considera que a inflação de 2013 está controlada e fechará o ano abaixo desse limite. Baseia essa tese nas projeções para a inflação mensal, que, daqui para a frente, deverão ficar abaixo do registrado ao longo de 2012. A partir de maio, a inflação acumulada em 12 meses deve ceder, caindo para menos de 6% no fim do ano.

Novo ruído

O ponto fora da curva é junho, quando se espera que a inflação voltará a ser um ruído. A estimativa é que o IPCA tenha alta de 0,29% nesse mês, acima do nível excepcionalmente baixo registrado no mesmo período do ano passado (0,08%).

Dentro do governo, estima-se que a inflação ficará em torno de 5,5% no ano, podendo chegar aos 5,7%. Esse patamar é visto como aceitável por estar abaixo dos 5,84% de 2012 e espera-se que dará certo alívio às pressões sobre o BC. Com a preocupação com 2014 já no radar do Copom, porém, o BC sinaliza que, apesar da queda esperada no indicador de preços para este ano, não há segurança de que essa trajetória se manterá.

Para o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), o Brasil tem uma “inflação de base” entre 5% e 6%. “Ela não supera isso, mas também dificilmente fica abaixo disso”. Isso distancia cada vez mais o BC do desejo de levar o Brasil para um patamar menor de inflação, o que implicaria reduzir a meta oficial.

Fonte: Jornal O Popular

 


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