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Controle da inflação: Política fiscal e dólar colocam pressão sobre BC

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17/06/2013 - 09:33

Para os economistas, BC ficou sozinho para combater a inflação e, por isso, terá de subir mais a taxa básica de juros nas próximas reuniões do Copom

São Paulo - A disparada do dólar e a falta de margem - ou disposição - do governo para um ajuste fiscal rigoroso jogam cada vez mais pressão sobre o Banco Central, que se vê forçado, segundo economistas, a subir ainda mais os juros para conter a inflação. “A solidão do BC é estonteante”, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados. “Sem a política fiscal, terá de elevar o juro.”

Depois do “pibinho” de 2012, a esperança era que este fosse o ano da virada econômica, com mais estabilidade, investimentos e crescimento. A metade do ano passou, porém, sem que o País decolasse. Para piorar, o estresse no mercado de câmbio ao longo da semana sinalizou dificuldades ainda maiores.

A alta do dólar vai encarecer os importados, que hoje vestem e alimentam o brasileiro e compõem boa parte dos insumos das indústrias, pressionando a inflação. E é consenso entre boa parte dos economistas que o BC ficou sozinho para combatê-la. O mais racional neste momento seria que o governo reduzisse os gastos e isenções fiscais - ou seja, que adotasse a política fiscal contracionista.

Alternativas

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, passou a semana conjecturando alternativas de austeridade fiscal, mas veio de cima o sinal de que a prática vai na direção contrária. Na quarta-feira, enquanto o dólar seguia em alta para fechar em R$ 2,154 (o maior valor desde abril de 2009), a presidente Dilma Rousseff lançava uma linha de financiamento para os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida comprarem eletrodomésticos. O pacote, de R$ 18 bilhões, será abastecido com recursos do Tesouro Nacional.

“Na primeira semana em que o mercado testa o Brasil, o governo vai na contramão e lança esse programa”, diz o especialista em finanças públicas Raul Velloso. “Está claro que o governo tenta ganhar a discussão no gogó porque não tem medidas fiscais concretas.”

Fonte: O Popular
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