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Contas públicas: Governo tem déficit recorde em agosto

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01/10/2014 - 08:46

Brasília - O governo Dilma Rousseff anunciou ontem três recordes fiscais. Todos eles, no entanto, negativos. O setor público gastou mais do que arrecadou R$ 14,4 bilhões em agosto, segundo o Banco Central. Esse déficit foi o pior resultado para este mês em toda a série histórica, iniciada em 2001.Com o rombo de agosto, foi a primeira vez na história que o governo apresentou quatro resultados primários negativos de forma consecutiva. Os déficits mensais se prolongam desde maio. Além disso, o governo chegou ao último quadrimestre do ano com a maior distância para sua meta fiscal desde 1999.

Apesar da evidente deterioração das contas públicas, o que coloca em dúvida a meta da economia para pagar os juros da dívida, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, repetiu que o governo cumprirá seu objetivo de poupar R$ 99 bilhões neste ano, ou 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas, nos oito primeiros meses do ano, todo o setor público, que inclui União, Estados e municípios, poupou apenas R$ 10,2 bilhões - ou 0,3% do PIB.

Quadro dramático

Toda a contribuição do chamado governo central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) nas contas públicas até agosto limitou-se a um superávit de apenas R$ 1,5 bilhão. Isso significa uma participação de somente 0,05% do PIB, segundo informações do BC. O Tesouro Nacional, que faz cálculo de outra forma, registrou um superávit de R$ 4,675 bilhões nos oito primeiros meses do ano. A diferença entre as duas formas de contabilização chegou a R$ 3,151 bilhões. Essa discrepância entre as contas do BC e do Tesouro não foi explicada pelas autoridades.

Mas mesmo essa diferença significativa nos dados não alterou o quadro dramático da meta fiscal de 2014. O objetivo perseguido pelo Tesouro para este ano é de R$ 80,8 bilhões. Para o BC, a meta é de R$ 99 bilhões, porque inclui Estados e municípios.

Questionado sobre o desempenho da política fiscal ao longo da gestão Dilma Rousseff, o secretário Arno Augustin afirmou estar “muito satisfeito”. Para ele, a política fiscal deve ser analisada sob o efeito na relação entre a dívida pública e o PIB, de forma a garantir a sustentabilidade da dívida.

Entre os piores

A piora dos números das contas externas levou o Brasil a entrar na lista dos maiores déficits do mundo, segundo estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado ontem que compara os indicadores de 2013 com os de 2006. Naquele ano, o País não fazia parte da lista dos dez maiores saldos de transações correntes do planeta

O Brasil teve déficit recorde de US$ 81 bilhões na conta de transações correntes em 2013, o terceiro maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, conhecido por ser o maior devedor global, e do Reino Unido.

Fonte: Jornal O Popular

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