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Consumo: Cai índice de intenção de compra

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30/04/2014 - 09:50

Pesquisa mostra cautela do consumidor goianiense, por causa dos juros altos e queda do poder aquisitivo

Desde julho do ano passado, a intenção de consumo das famílias goianienses não estava tão baixa (veja quadro). A pisada no freio vem em função de um cenário macroeconômico inseguro: elevação das taxas de juros, perda do poder de compra, restrição ao crédito e alta do endividamento. Essas são algumas das informações contidas na Pesquisa de Intenção de Consumo (ICF) e a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgadas ontem pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO).

Segundo o presidente da Fecomércio, José Evaristo, essa menor intenção de consumo é uma clara demonstração de restrição ao crédito em detrimento de uma retomada de elevação de famílias que estão com contas em atraso. No mês passado, 88,4 mil famílias afirmaram que estão com contas atrasadas, 10 mil a mais do que no mês anterior. Dessas, 4,4 mil admitem que não terão condições de honrar seus compromissos. “Essas famílias estão certas. É um momento de cautela e não de consumir ainda mais”, afirma Evaristo.

Um item da pesquisa que chama atenção é que a intenção de compra de bens duráveis (eletrodomésticos, TV, aparelho de som) despencou ao longo deste ano. Em fevereiro, a intenção marcava 130,9 pontos ante 107,7 pontos neste mês. O número 100 demarca a fronteira entre a avaliação de insatisfação e de satisfação do consumidor: abaixo de 100 pontos indica percepção de insatisfação enquanto acima de 100 indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda ou capacidade de consumo.

Isso porque o prazo de comprometimento de 42% das famílias endividadas goianienses é de mais de 12 meses e 17,4% estão com parte do orçamento comprometido com dívidas que duram entre seis meses e um ano.

José Evaristo lembra que, em média, as famílias estão com 32,4% do orçamento familiar comprometido, acima do que é considerado ideal - 30%. “Não é preocupante, mas acende a luz amarela.” O cartão de crédito continua liderando o tipo de dívida, com 65,1% seguido pelos carnês, 38%.

Consumidor

A pedagoga Zeilma Fernandes explica que a perda do poder de compra está cada vez mais visível. “Não consigo de forma alguma comprar a mesma quantidade de produtos hoje se comparado a alguns meses atrás”, afirma. Por isso, as promoções viraram alvo para conseguir espichar o dinheiro. Ela afirma que atualmente elege um mês no qual o comércio varejista promove preços mais acessíveis para ir às compras, especialmente calçados e roupas.

“Sou muito pé no chão e não sou consumista”, afirma a dona de casa, Lica Tavares. Por isso, diz que não é comum abrir mão de algum produto em função dos preços.

Fonte: Jornal O Popular


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