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Comércio exterior: Balança comercial goiana fecha fevereiro no azul

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07/03/2013 - 10:55

Mês registrou superávit de US$ 58,2 milhões, com redução das importações, informa a SIC

Ricardo César07 de março de 2013 (quinta-feira)

 

 

O acentuado recuo das compras realizadas por empresas instaladas em Goiás no exterior e a leve alta das vendas de carne para a Europa e China levaram a balança comercial do Estado a fechar fevereiro no azul. O saldo da balança (diferença entre exportações e importações) ficou em US$ 58,2 milhões, depois de registrar déficit de US$ 7 milhões em janeiro deste ano.

Os dados foram apresentados ontem pela Secretaria da Indústria e Comercio (SIC). O desempenho positivo contrasta com o registrado no mesmo mês de 2012, quando a balança ficou negativa em US$ -41,4 milhões, à época associado à crise econômica vivenciada pelos países europeus, que teriam diminuído a compra de produtos goianos.

Neste ano, apesar do saldo positivo, o clima não é dos melhores. As importações caíram 21,34% em relação a fevereiro de 2012, ficando em US$ 331 milhões. As exportações tiveram uma alta de apenas 2,48%, na comparação com o mesmo período, fechando em US$ 389 milhões.

A professora de Economia Internacional da Universidade Federal de Goiás (UFG), Andrea Lucena, explica que o saldo da balança de fevereiro pode ser explicado, principalmente, pela queda das importações. O superávit da balança está mais associado com a redução das compras do que com as vendas.

Segundo ela, provavelmente, as empresas realizaram um aporte de investimento considerável em janeiro, com a compra de maquinários, peças e insumos, para incrementar a produção. Em fevereiro o cenário mudou.

O analista de comércio exterior Marco Romeu da Silva, entretanto, diz que fevereiro é um mês atípico para o comércio exterior. “Além de ter menos dias, o mês tem o feriado de carnaval. Essa dinâmica do calendário interfere nas transações de compra e venda. Por isso, acredito que o resultado de Goiás foi positivo.”

Em tese, segundo o analistas, o calendário pode ter atrapalhado as empresas a comprarem mais do exterior e, ao mesmo tempo, pode ter interpretado como um empecilho para as vendas de Goiás.

O secretário da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, avalia que o resultado de fevereiro é positivo, apesar das dificuldades que se mostram em 2013. “Conseguimos chegar a um bom resultado. Estamos fazendo de tudo, mas sabemos que 2013 será um ano cheio de desafios e dificuldades. Vamos alcançar objetivos audaciosos, os mesmos que conquistamos em 2012, quando chegamos a R$ 7 bilhões em exportações.”

EXPORTAÇÃO

As vendas de carnes bovinas, aves e suínas puxaram a as exportações do Estado no mês passado. A comercialização desses produtos alcançaram US$ 113,5 milhões ou 29,1% de tudo o que Goiás vendeu em fevereiro para fora, ocupando a primeira posição no ranking dos principais produtos vendidos.

A soja, por sua vez, ocupou o segundo lugar dos principais produtos, totalizando US$ 65,2 milhões ou 16% das vendas goianas para países do América do Norte, Europa e Ásia. O assessor técnico da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Leonardo Machado, diz que esse cenário era esperado.

Para ele, as carnes apresentam um comportamento menos sazonal. Ou seja, há produção e venda durante o ano todo. Por outro lado, o crescimento das exportações de carnes em Goiás pode estar associado ao embargo de alguns países, como Japão, à produção do Mato Grosso do Sul.

No ano passado, foi confirmada a ocorrência do agente causador da doença da vaca louca em um animal do rebanho sul-mato-grossense. “Isso pode ter influenciado o aumento das vendas de Goiás, que está livre da doença. Mas é bom lembrar que temos competitividade.”

Quanto à soja, Leonardo Machado destaca que a commodity está no início da colheita. De março até julho, é provável que o produto figure como principal item de exportação do Estado. “Daqui para frente, é possível que a soja eleve sua participação.”

O milho, por sua vez, que aparecia entre os principais produtos da pauta de exportação nos últimos meses, começou a perder posição. Em fevereiro, o produto apareceu, como o quinto, com a venda de US$ 28,7 milhões em fevereiro. “Esta é uma tendência, com a entressafra”, diz.

As compras de produtos farmacêuticos aceleraram as importações no mês passado. As empresas instaladas em Goiás compraram de insumos US$ 101,4 milhões, o que representou 30,5% do total das aquisições de produtos de fora do País. Esses foram os principais produtos importados.

O mercado de peças para veículos automóveis também está aquecido. Foram adquiridos US$ 85 milhões para as linhas de produção das montadoras instaladas em Goiás. Para analistas consultados pelo POPULAR, as indústrias farmacêutica e automobilística devem continuar importando em níveis altos até o fim do ano.

Fonte: O popular


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