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Com iZettle, Santander mira microlojista

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28/08/2013 - 10:14

Junto com a empresa sueca iZettle, o Santander quer converter para o pagamento eletrônico o exército de lojistas brasileiros que hoje só aceitam dinheiro e cheque. Não vai ser tarefa fácil, uma vez que, em especial no pequeno varejo, a conta de aceitar o dinheiro de plástico nem sempre fecha.

Por isso mesmo, o banco espanhol resolveu atacar duas das principais queixas de quem hoje diz não ao cartão de crédito: o custo mensal de aluguel da máquina POS ("Point of Sales", na sigla em inglês) e o fato de o lojista só receber o valor da compra quase um mês depois de ela ser feita.

A parceria entre Santander e iZettle foi antecipada pelo Valor. A iZettle fabrica um leitor de cartões que, ao ser acoplado a um celular, permite ao comerciante aceitar uma transação de pagamento eletrônico sem a tradicional máquina POS. O leitor vai custar R$ 99, mas não há aluguel mensal. Correntistas do Santander terão desconto e, até 30 de setembro, ele sairá de graça.

A outra grande diferença é que nas compras capturadas via iZettle o lojista vai receber, nas transações de crédito, o dinheiro da compra apenas cinco dias após ela ser feita, não um mês depois, como acontece com POS tradicional. Isso explica porque a taxa de desconto cobrada por transação (MDR, na sigla em inglês) será maior em transações com iZettle (5,75% por transação) que a média do mercado (2,97%, em junho de 2012, segundo o BC).

"Os pequenos negócios realizam poucas transações no mês, então não vale a pena pagar aluguel mensal de um POS. Também não é possível esperar várias semanas para receber", afirmou Cassius Schymura, diretor de cartões e adquirência do Santander Brasil, durante a coletiva de apresentação do produto.

Schymura não traçou metas para o novo produto, porém afirmou que uma base potencial são os empreendedores clientes das linhas de microcrédito do banco. O Santander é o maior entre as instituições financeiras privadas nessa operação e conta com cerca de 128 mil clientes ativos no fim do primeiro semestre. Os alvos do banco incluem tanto pessoas jurídicas de porte pequeno como empreendedores pessoas físicas, caso de profissionais autônomos e vendedores porta-a-porta, por exemplo.

A experiência da iZettle em outros países dá uma ideia do que se esperar no Brasil. Na Suécia, onde foi criada, a iZettle notou que, pouco mais de um ano após seu lançamento, a base de estabelecimentos que aceitava cartões no país cresceu em 25%, segundo Magnus Nilsson, co-fundador da iZettle.

Por enquanto, o leitor da iZettle no Brasil vai aceitar apenas transações de cartões de crédito, em chip ou em tarja. Até o fim do ano, o Santander promete lançar uma segunda versão do leitor que passará a aceitar também a modalidade débito. Já para o ano que vem, a promessa é a criação de um pacote que inclua o leitor da iZettle e outros produtos financeiros ofertados pelo banco.

Não é só o Santander que está de olho no potencial dos pequenos lojistas. A Cielo, que tem Bradesco e Banco do Brasil como sócios, aposta no Cielo Mobile, que também oferece aos lojistas a possibilidade de captura de transações por meio de um celular smartphone, sem o uso de uma máquina POS, via um aplicativo instalado.

O produto conta hoje com cerca de 20 mil usuários, ante oito mil no começo do ano, afirma o presidente da credenciadora, Rômulo Dias. "A rampa de crescimento tende a ser maior no futuro, conforme vamos aprendendo a lidar com um perfil novo de cliente para a Cielo, que é a pessoa física ou o varejista muito pequeno", afirma. (FM)

Fonte: Valor


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