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Cesta básica: Goiânia tem a terceira menor alta

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08/01/2013 - 09:39

Preços de alimentos sobem 6,68% de janeiro a dezembro. Carne e açúcar freiam aumento

As reduções nos preços da carne (-7,93%) e do açúcar (-14,36%) ao longo do ano ajudaram a cesta básica de Goiânia a fechar o ano com a terceira menor alta do País, 6,68%, atrás apenas de Vitória (5,63%) e Porto Alegre (6,32%). Em 2012, o conjunto dos 13 itens alimentícios que compõem a cesta ficou R$ 16,47 mais caro na capital goiana e chegou a R$ 263,17.

Como a carne bovina é o produto de maior peso na cesta (por ter o maior valor e a maior quantidade consumida), seu barateamento, junto com o do açúcar, conseguiu amenizar a alta dos outros 11 alimentos. Os dados apurados ao longo do ano e divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que a maior variação ficou por conta da batata, que encareceu quase 75% de janeiro a dezembro do ano passado.

O tomate também teve forte variação (37,68%) durante o período, seguido do arroz (24,31%) e do feijão (23,41%). Conforme o economista Edson Novaes, gerente de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a redução significativa do valor da carne bovina em 2012 se deve ao aumento na quantidade de abates de animais, produção que foi destinada tanto para exportação como para o mercado interno.

Em outras palavras, o aumento da oferta derrubou os preços do produto. No caso do açúcar, a oferta interna também cresceu em 2012, devido à dificuldade de escoamento do produto para o exterior diante da farta produção em outros países, fazendo com que os preços caíssem no Brasil.

Outros alimentos sofreram com as variações climáticas no ano passado, tiveram a produção reduzida e, por isso, preços mais altos em 12 meses. Foi o que ocorreu com o tomate. Devido ao excesso de chuvas na segunda metade do ano, Goiás teve quebra de safra e redução de 30% na colheita. A batata também passou por problema semelhante.

Pelo motivo oposto – falta de chuva –, o arroz e o feijão tiveram quebra de safra em 2012, além de terem reduzida a área plantada, explica a coordenadora-técnica do Dieese, Leila Brito. As culturas perderam espaço para o milho e a soja, que estão valorizados no mercado internacional, com os altos preços das commodities, acrescenta Edson Novaes.

Dezembro mais caro

O cenário anual da carne contrasta com os dados verificados em dezembro, quando o produto subiu 9,26% e, junto com as altas do tomate e da batata (ambas acima de 40%), ajudou a elevar o preço da cesta básica em 10,61% no último mês do ano, tornando-se a maior alta mensal do País, de acordo com o Dieese.

A coordenadora-técnica do Dieese, Leila Brito, explica que a alta dos alimentos no final de ano é esperada em função da intensificação da demanda consumidora durante as festas de Natal e Ano Novo. A maior disponibilidade de renda, com o pagamento do 13º salário, também permite o aumento dos gastos com itens alimentícios, o que influencia nos preços. Leila acrescenta ainda a ocorrência de um possível reajuste da carne para recuperar preços perdidos ao longo do ano.

Para a coordenadora do Dieese, a expectativa é de que os preços dos alimentos se estabilizem a partir deste mês. “Diante do encarecimento dos alimentos, o próprio consumidor recua no consumo, substitui produtos por outros para economizar. Com a demanda menos intensa, a tendência é de acomodação de preços”, afirma.

Contudo, produtos derivados da soja e do milho, além do feijão, podem voltar a sofrer reajuste, já que tiveram queda de 5% na produção (cerca de 500 mil toneladas). O problema é estiagem prolongada, em pleno período chuvoso, em algumas cidades produtoras. “Em alguns municípios, não chove há mais de 20 dias. Esse veranico vai prejudicar a produção e deve impactar nos preços ao consumidor mais para a frente”, explica o economista da Faeg.

Fonte: O Popular
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