Empresas valorizam cada vez mais o funcionário que tem capacidade de organizar bem o tempo de serviço, garantindo retorno
Bem no momento em que você está concentrado na conclusão de um relatório, revisando o cálculo de uma planilha ou levantando dados para uma pesquisa é interrompido pelo toque alto de telefone ou uma conversa paralela entre colegas de trabalho.
Situações como essas são corriqueiras em muitas empresas, mas resultam em perda de tempo e produtividade. Pesquisas apontam que cada dispersão gera, em média, 11 minutos de estagnação da atividade exercida até o profissional conseguir retomar o fio da meada.
E como tempo é dinheiro, os profissionais que conseguem imprimir um ritmo acelerado, com capacidade de organização do tempo e execução das tarefas são mais valorizados. Tanto que profissionais que sempre ultrapassam o limite do horário de trabalho não são mais bem vistos pelas maiorias das empresas.
“Se sempre o mesmo funcionário fica até mais tarde enquanto o resto da equipe já foi embora, o gestor precisa olhar com mais cuidado para esse profissional. Hora extra ou compensação de horas saem caro para empresa”, afirma a supervisora de RH do Senac, Priscila Brito Guimarães. Conforme ela, dois fatores podem estar dispersando o profissional: atividades paralelas ou produtividade está lenta.
Para melhorar essa condição, Priscila explica que é fundamental estabelecer prioridades e focar no trabalho. Se as atividades paralelas ocorrem frequentemente o profissional precisa minimizar ou excluir esses momentos de interrupção. “Atender rapidamente um telefonema de familiares ou amigos por dia não tem problema”, diz. Fique atento à procrastinação. Não deixa para depois o que pode ser feito no agora.
Para o diretor executivo da Innovia Training & Consulting, Ricardo Barbosa, a falta de objetivos claros, de metas e prazos para serem cumpridos levam à dispersão. “Nós brasileiros melhoramos muito em relação a prazo de entrega de trabalho, mas ainda precisamos melhorar muito”, diz. E nada não é está tão ruim que não possa pior. É senso comum entre os profissionais que a acomodação leva a desmotivação.
Quando se trata de otimização de tempo no trabalho, as ferramentas tecnológicas são consideradas facas de dois gumes. Tanto podem dar celeridade às atividades como podem corroer o tempo do profissional. “O uso de tabletes e telefones o tempo todo prejudica a concentração e interfere no trabalho do profissional”, explica Priscila.
“É preciso saber direcionar os e-mails e é bom também deixar sua caixa de mensagem organizada para não perder tempo buscando e-mails entre centenas de outros” ressalta Ricardo. É importante também manter sempre a mesa organizada e uma agenda manual. “Para não ficar refém do computador e pare a vida laboral caso ocorra alguma pane”, diz Priscila.
Ricardo explica que o tempo destinado às reuniões deve ser cumprido à risca. “Se o tempo para resolver um assunto era de 15 minutos não foi suficiente, então marque outra reunião”, diz.
Fonte: O Popular