Em uma greve rápida, sem desgaste junto à sociedade, os bancários obtiveram o terceiro maior aumento real nos últimos onze anos. Foram sete dias de paralisação no Banco do Brasil e nos bancos privados e oito dias na Caixa Econômica Federal, resultando em uma conquista de 8,5% sobre os salários, benefícios e partes fixas da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), correspondendo a 2,02% de aumento real nos salários. Também foram conquistados 9% sobre os pisos (2,49% de aumento real) e 12,2% no auxílio-refeição (5,5% acima da inflação).
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Goiás, Sergio Luiz da Costa, foi uma conquista histórica. “Os bancários mostraram, mais uma vez, sua união e consciência, e que, sendo necessário, vão utilizar de todos os meios legais de negociação e pressão para reconquistar o poder aquisitivo”, afirmou, apontando que a força da greve foi a principal responsável pelos índices alcançados.
A paralisação deste ano somente foi possível graças ao amplo processo de mobilização desencadeado pelo Sindicato nas unidades bancárias de Goiânia e interior do Estado, obtendo não apenas a adesão, mas também a participação ativa dos bancários em todo o processo, nas agências de todo o Estado.
QUADRO DE GREVES E RESULTADOS
Ano |
INPC/IBGE |
Reajuste |
Aumento real |
Dias de greve |
2014 |
6,48 |
8,50% |
2,02 |
7/8 dias |
2013 |
6,07 |
8,00% |
1,82 |
23 dias |
2012 |
5,39 |
7,50% |
2,00 |
9 dias |
2011 |
7,39 |
9,00% |
1,50 |
21 dias |
2010 |
4,29 |
7,50% |
3,08 |
15 dias |
2009 |
4,44 |
6,00% |
1,50 |
28 dias |
2008 |
7,15 |
10,00% |
2,66 |
15 dias |
2007 |
4,82 |
6,00% |
1,13 |
7 dias |
2006 |
2,85 |
3,50% |
0,63 |
12 dias |
2005 |
5,01 |
6,00% |
0,94 |
6 dias |
2004 |
6,64 |
8,50% |
1,74 |
30 dias |