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Câmbio segue sob pressão e dólar alcança R$ 2,33

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12/11/2013 - 09:04

A semana começou com o mercado envolto nas mesmas preocupações dos últimos dias - incertezas sobre o futuro da política monetária americana e pessimismo com os fundamentos econômicos domésticos -, que sustentaram mais uma sessão de alta do dólar e das taxas de juros na BM&F. No fim das operações, a moeda americana marcava valorização de 0,52%, cotada a R$ 2,33, em pregão de giro financeiro fraco por conta do feriado do Dia dos Veteranos nos EUA.

Os investidores operaram ontem no aguardo de informações sobre o leilão que dará início à rolagem de US$ 10,11 bilhões em contratos de swap cambial que vencem em 2 de dezembro. Após o fechamento do pregão, o BC anunciou que leiloará hoje 20 mil contratos de swap (até US$ 1 bilhão) do lote que vence no dia 2.

A expectativa do mercado é que o BC role todo o lote, mas segundo analistas a pressão de alta do dólar deve continuar, uma vez que essa operação não implica em colocação adicional no mercado e o fluxo cambial continua negativo. "Dado o nível do dólar, há a necessidade de o BC rolar todo o lote, mas isso só vai retardar a alta da moeda americana e não será suficiente para derrubar a cotação", diz Ítalo Abucater, especialista em câmbio da corretora Icap.

"O BC foi coerente com a estratégia de reduzir a volatilidade no câmbio. Já que não é possível contar com o fiscal, é preciso agir por outros caminhos, e o câmbio e os juros hoje são essas saídas", diz o economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho.

Ontem o BC seguiu o cronograma do programa de intervenção diária e vendeu 10 mil contratos de swap cambial (US$ 497,1 milhões), com vencimentos para abril e junho de 2014. Com alta de 4,30% no mês, o dólar reduziu a queda para 4,19% desde 22 de agosto, quando o programa foi lançado.

A alta do dólar é favorável ao mercado, que recebe nas operações de swap cambial com o BC uma remuneração composta pela taxa do cupom cambial mais a variação do câmbio no período. Desde maio, o BC já vendeu US$ 63 bilhões em swaps cambiais.

Os investidores institucionais foram os que mais aumentaram a posição líquida comprada em dólar (aposta na alta da moeda) na BM&F na semana passada, quando a moeda americana subiu 2,70%. Nesse sentido, a posição dos fundos passou de US$ 6,224 bilhões na segunda-feira passada para US$ 7,418 bilhões na sexta-feira. Já os estrangeiros reduziram a posição líquida comprada em dólar no período, de US$ 17,913 bilhões para US$ 15,889 bilhões.

A demanda por dólar continua forte depois dos dados positivos da economia americana divulgados na semana passada - PIB e mercado de trabalho-, que reforçaram a expectativa de que o Fed (BC dos EUA) poderá antecipar o início da retirada dos estímulos monetários para dezembro.

A notícia de queda do crédito na China também pesou sobre as moedas emergentes, principalmente as atreladas a commodities, refletindo o efeito de medidas restritivas do banco central chinês. O volume de novos empréstimos caiu 35,7% em outubro em relação a setembro, ficando abaixo da estimativa dos analistas.

Na BM&F, as taxas dos principais contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram e marcaram novas máximas neste ano. Sem a referências dos títulos do Tesouro americano (Treasuries), que não foram negociados, os juros futuros refletiram a alta do dólar. Uma nova onda de depreciação do real tende a tornar cada vez mais difícil a tarefa do BC em ancorar as expectativas de inflação. Afora o próprio risco de repasse cambial, a alta da moeda americana aumenta a necessidade de reajuste da gasolina, já que alarga a defasagem entre preços dos combustíveis no Brasil e no exterior.

O contrato com vencimento em janeiro de 2017 - principal termômetro da percepção de risco - fechou na BM&F a 12,22%, ante 12,11% do pregão de sexta-feira, em níveis similares aos de agosto de 2011. O DI para janeiro de 2015 encerrou os negócios a 11,01% (ante 10,96%), voltando ao patamar de 11% pela primeira vez desde meados de outubro de 2011.

Fonte: Valor


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