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Câmbio: Banco Central anuncia medida para segurar alta do dólar

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19/12/2012 - 10:56

Bancos poderão assumir posições que apostam na queda do dólar de até US$ 3 bilhões sem recolhimento de compulsório

Brasília - O Banco Central desmontou ontem mais uma medida cambial para atrair dólares de volta ao Brasil e segurar a tendência de desvalorização do real. A ação, somada a uma série de três leilões seguidos da moeda americana, surtiu efeito e o dólar caiu 0,33%, para R$ 2,089, perto da cotação mais baixa do dia.

Ontem, o BC flexibilizou uma medida anunciada em 2011, que punia os bancos com apostas na queda do dólar acima de US$ 1 bilhão, obrigando as instituições a deixar uma parte do dinheiro parado, sem remuneração, na forma de depósito compulsório. A partir de amanhã, a punição só atinge aquilo que superar US$ 3 bilhões, o que estimula o setor financeiro a ampliar o que é conhecido no mercado como “posição vendida” em moeda estrangeira. Na prática, a mudança deve levar as instituições a aumentar a oferta de dólares.

Uma a uma, o governo recolhe as munições lançadas para tentar conter a queda do dólar. O objetivo agora é conter a alta da moeda americana, que pode pressionar a inflação. Das cinco principais ofensivas travadas no mercado em 2012, só segue intacta a cobrança de 1% de IOF sobre derivativos cambiais.

Guerra cambial

Nos primeiros meses do ano, o governo temia os efeitos da valorização do real sobre a indústria nacional. O aumento das importações revelou que os produtos domésticos ficaram menos competitivos. Em palanques internacionais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou a existência de um movimento de vários países para desvalorizar suas moedas e minimizar os efeitos da crise sobre seus mercados e cunhou a expressão “guerra cambial”. A presidente Dilma Rousseff foi além e disse haver um “tsunami monetário” no mundo.

A reversão da medida neste momento, segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, tem como objetivo dar mais liquidez e fluidez ao mercado de câmbio. “Isso é parte de um conjunto de medidas do governo, é a distensão de medidas adotadas em um momento em que havia afluxo mais intenso (de capitais)”, afirmou. “Agora, temos um cenário distinto.”

No começo deste mês, o governo reduziu de 6% para zero a alíquota de IOF que incide nos empréstimos feitos por empresas e bancos no exterior para contratos com prazo de dois anos. Agora, o imposto só é pago para operações mais curtas do que um ano. A flexibilização e o endurecimento de IOF sobre os prazos desses contratos foram revistos seis vezes pelo governo desde março de 2011.

Fonte: O Popular


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