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Caixa considera crédito à J&F um bom negócio

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04/12/2012 - 11:11

A Caixa Econômica Federal considera adequadas as condições do financiamento no valor de R$ 500 milhões concedido à J&F Participações, holding que concentra os investimentos do grupo JBS. "A operação respeitou todas as boas práticas de mercado", ressalta o vice-presidente de finanças do banco, Márcio Percival.

Na edição de ontem, o Valor informou que a J&F obteve os recursos por meio de uma emissão de debêntures que foram integralmente adquiridas pela Caixa. Os papéis possuem prazo de vencimento de cinco anos, com prazo de carência de três anos para o pagamento do principal, e não contam com nenhum tipo de garantia para ser executada caso o compromisso não seja honrado.

Percival confirma as informações da reportagem, mas diz que a maior parte das emissões de debêntures no mercado brasileiro não conta com garantias. Ele pondera que os papéis emitidos pela J&F possuem uma série de compromissos financeiros ("covenants", no jargão de mercado).

A escritura da emissão não determina nenhum limite de endividamento para a holding, mas aponta que os credores - no caso, o banco - podem exigir o vencimento antecipado do compromisso se a companhia deixar de pagar qualquer dívida em um valor superior a R$ 30 milhões.

O executivo da Caixa também diz que a taxa das debêntures emitidas pela J&F se justifica. A holding pagará juros equivalentes à taxa do depósito interfinanceiro (DI), que acompanha a Selic, mais 1,82% ao ano. "A operação passou por todos os processos internos de análise de risco e governança."

A J&F fechou o ano passado com um caixa de apenas R$ 8 milhões, contra uma dívida de curto prazo de R$ 437 milhões, de acordo com dados do último balanço publicado. Segundo Percival, a Caixa também leva em consideração outros critérios de análise para determinar os riscos das operações. Questionado, ele preferiu não detalhar como se dá esse processo.

O executivo contesta ainda a comparação da emissão da J&F com a da Triunfo, que no mês passado realizou uma captação de valor semelhante pagando, numa das séries, taxa DI mais 2,20% ao ano - em uma operação que, ao contrário da J&F, possui garantia.

Percival diz que o banco decidiu não realizar esforços de venda das debêntures para investidores no mercado porque considera boa a rentabilidade dos papéis. "Mas dependendo das condições, podemos vendê-los no futuro", afirma.

Fonte: Valor Econômico
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