O Brasil ficou em 108º lugar, entre 179 países, no ranking de liberdade de imprensa mundial referente a 2012, divulgado ontem pela organização não governamental Repórteres sem Fronteiras. Em 2011, o país era o 99º, o que significa que perdeu nove colocações. O ranking leva em conta assassinatos, prisões, sequestros e condições de trabalho de jornalistas, além da independência da mídia, legislação e transparência. De 2010 a 2011, o Brasil já havia despencado 41 posições, passando do 58º para o 99º lugar.
A Finlândia é a primeira do ranking, com Holanda e Noruega logo atrás. O país citado como o de menor liberdade de imprensa é a Eritreia, na África, seguida por Coreia do Norte, Turcomenistão, Síria, Somália, Irã e China. "Fortemente dependente de autoridades políticas no nível estadual, a mídia regional está exposta a ataques, violência física contra seus profissionais e censura provocada por ordens judiciais, que também atingem a blogosfera", diz o relatório sobre o Brasil, afirmando que a situação piorou na campanha eleitoral de 2012.
- Matar o mensageiro para não chegar a mensagem é uma ação deliberada contra o estado de direito - afirmou o presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, que critica a metodologia do ranking, mas considera preocupante o aumento da violência contra jornalistas no país.
- Esse aumento é fruto basicamente da impunidade, da falta de apuração e punição dos criminosos - disse o diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira.
Fonte: O Globo