Ibovespa fechou a sessão em alta de 0,17%, a 47.364 pontos.
Alta das ações de bancos responderam pela principal contribuição positiva.
O principal índice acionário brasileiro fechou com leve alta nesta terça-feira (15), amparado principalmente no avanço de papéis de bancos, após sessão volátil em que agentes financeiros digeriram o pacote fiscal anunciado pelo governo na véspera.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou a sessão em alta de 0,17%, a 47.364 pontos.
Ganhos em Wall Street endossaram o fechamento positivo, com o S&P 500 avançando 1,28% após dados fortes de vendas no varejo norte-americano, e em meio a expectativas com a decisão de política monetária do Federal Reserve nesta semana.
Com a alta desta terça, a bolsa acumula alta de 1,58% no mês. No ano, a perda é de 5,29%.
Destaques do dia
As ações da Petrobras chegaram a registrar alta, mas passaram a cair à tarde. A Vale caíam mais de 4% nas preferenciais e mais de 3% nas ordinárias, na esteira de nova queda dos preços do minério de ferro na China, que, por sua vez, sofreram com o recuo nos preços do aço, em meio à persistente preocupação com a desaceleração da economia chinesa.
Os papéis do Itaú e Bradesco subiram subiram 2,46% e 1,92%, respectivamente, enquanto Banco do Brasill ganhou 3,63%, após alterações mais brandas do que o esperado nas regras do mecanismo de Juros sobre Capital Prório (JCP) após o governo federal propor mudanças nesse benefício fiscal mais brandas do que o mercado especulava.
As ações da Oi lideraram as altas do dia, com valorização de mais de 5%.
Ajustes no Orçamento 2016
No final da tarde da véspera, o governo anunciou uma série de medidas para reverter o até então esperado déficit primário nas contas públicas do próximo ano. Entre elas, estão o corte de R$ 26 bilhões em gastos e a recriação da CPMF, com previsão de arrecadação de R$ 32 bilhões.
Apesar da leitura favorável em termos de sinalização, o que sustentou o Ibovespa na véspera, permanecem no mercado financeiro dúvidas quanto à capacidade de implementação das mesmas, particularmente a recriação da polêmica Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
"O pacote fiscal anunciado pelo governo brasileiro é claramente um passo na direção certa", afirmou o BTG Pactual. "No entanto, o ambiente político se deteriorou tanto que a obtenção de apoio político às medidas que podem ser consideradas impopulares podem revelar-se um enorme desafio para o governo", disse em relatório a clientes.
O Credit Suisse destacou que é provável alguma melhora nas expectativas para os resultados fiscais de 2016. "No entanto, nós achamos que a maioria das medidas ou não vai atender às expectativas do governo ou não será aprovada pelo Congresso."
Fonte: G1