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BNDES e Caixa puxam aumento da dívida pública

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25/07/2013 - 11:59

A emissão de títulos públicos no valor de R$ 23 bilhões para ampliar o capital do BNDES e da Caixa Econômica Federal contribuiu para elevar em R$ 50,4 bilhões a Dívida Pública Federal (DPF) em junho, totalizando R$ 1,985 trilhão. O crescimento de 2,6% ante o mês anterior foi o maior de 2013. Isso ocorreu porque as emissões de papéis superaram os resgates em R$ 31,7 bilhões, outro recorde no ano. A piora da dívida também reflete o pagamento de juros no valor de R$ 18,6 bilhões. Neste ano, o estoque da dívida só havia crescido em relação ao mês anterior em fevereiro (1,34%). Nos demais meses, os vencimentos foram maiores que a colocação de novos títulos no mercado. Por causa disso, a dívida caiu R$ 22,4 bilhões (1,12%) no primeiro semestre, em relação aos R$ 2 trilhões de dezembro de 2012.

Além das emissões de R$ 15 bilhões para o BNDES e de R$ 8 bilhões para a Caixa, a realização de três leilões extraordinários de compra e venda de títulos em junho levou ao aumento do estoque em R$ 1 bilhão. O Tesouro interveio no mercado diante da alta volatilidade provocada pela notícia de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderia retirar parte dos estímulos concedidos após a crise de 2009, provocando alta do dólar e das taxas de juros no Brasil e no exterior.

O Tesouro, então, deu uma "porta de saída" aos investidores que queriam se desfazer dos títulos e criou uma referência de preço para o mercado. "O que alguns analistas de mercado acreditam é que houve excesso de volatilidade nas taxas", disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Públicado Tesouro, Fernando Garrido. Ele acredita que o período de maior volatilidade no mercado de títulos "ficou para trás".

Cenário. Garrido informou que os resgates devem voltar a superar as emissões em julho, em razão de um vencimento alto, em torno de R$ 70 bilhões, de títulos prefixados (quando a remuneração é fixada na venda). Porém, ainda não é possível prever queda na dívida, pois dependerá do montante de juros. A partir de agosto, o Tesouro espera que as emissões voltem a prevalecer, o que deve elevar o valor do estoque até dezembro aos níveis previstos no Plano Anual de Financiamento (PAF), entre R$2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.

O resultado da dívida em junho também foi influenciado por outra medida adotada pelo governo em razão do cenário de volatilidade. A retirada do IOF para aplicações de estrangeiros em renda fixa levou ao aumento da procura desses investidores pelos títulos da dívida interna. Eles ficaram com 14,52% do total do estoque, cerca de R$ 10 bilhões mais que em maio.

Fonte: Estadão


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