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Benefícios trabalhistas Indústria reage contra mudanças

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30/01/2015 - 09:49

Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que representantes do setor vão discutir a questão no Congresso

São Paulo - O auxílio-doença se tornou mais um entrave à meta do governo federal de economizar R$ 18 bilhões com as mudanças nas regras para concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários. Depois das centrais sindicais pedirem alterações, a indústria agora reclama da proposta para o auxílio-doença.

Pela nova regra, a empresa terá de pagar o salário integral do funcionário nos primeiros 30 dias de afastamento. Hoje, ela banca apenas os primeiros 15 dias, e os demais ficam por conta do INSS. “A indústria é contrária à medida e vamos discutir isso no Congresso”, disse ontem o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, após reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

Questionado sobre uma possível flexibilização das novas regras, Barbosa disse que elas foram propostas “no tamanho que nós achamos correto” e que, apesar de ter aberto diálogo com as centrais sindicais, o governo levará a questão ao Congresso.

O ministro Nelson Barbosa assegurou ontem que o governo federal vai lutar no Congresso Nacional pela aprovação das mudanças nas regras de concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários.

“Nós propusemos as medidas no tamanho que nós achamos correto e vamos defender essas medidas no Congresso, na mídia, em todas as esferas. Abrimos o debate com as centrais sindicais e vamos discutir isso no Congresso”, afirmou o ministro após encontro com empresários na sede da Fiesp, em São Paulo.

Questionado sobre a viabilidade de o governo não conseguir cumprir a meta de economia de R$ 18 bilhões com as novas regras, anunciada inicialmente pela equipe econômica do governo Dilma, Barbosa apenas informou que “o tamanho das medidas foi considerado correto”, e evitou comentar possíveis flexibilizações. As mudanças no auxílio-doença, uma das medidas consideradas pelo governo para o ajuste fiscal, onera as indústrias, que, já em crise, dizem não poder suportar mais um encargo.

GRUPO

O ministro comentou ainda sobre o grupo de trabalho interministerial criado ontem para acompanhar os gastos públicos. Segundo ele, a equipe foi montada com dois objetivos: ajudar os ministérios a atravessar este ano, que deverá ser marcado por “forte restrição fiscal”, e começar a preparar o planejamento plurianual do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

“O grupo acompanhará qual a situação orçamentária de cada ministério este ano e como poderá se adaptar à necessidade de contingenciamento, que certamente haverá”, disse o ministro.

Ministro admite ajustes

Brasília - Responsável por conduzir a negociação entre o governo e as centrais sindicais em torno das mudanças no acesso a benefícios trabalhistas, o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência da República, afirmou ontem que o governo poderá ceder aos apelos dos trabalhadores e fazer alterações nas propostas.

“Esse diálogo com as centrais que nós abrimos é um diálogo de duas mãos. Estamos convencidos da qualidade das medidas e das necessidades das medidas mas estamos sim em um processo de diálogo com as centrais. Na próxima terça, sindicalistas e ministros se reunirão, pela segunda vez, para discutir as propostas.

Nos bastidores, já se fala em rever parte das mudanças nas regras do seguro-desemprego e do abono salarial, o que tornaria mais difícil a meta de economia de R$ 18 bilhões. Só com o abono, o governo perderia R$ 7 bilhões neste ano.

Fonte: Jornal O Popular

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