O Banco Central alterou o requerimento de capital para a exposição de instituições financeiras sujeitas a variações cambiais. A ideia da medida é facilitar a captação de recursos pelos bancos brasileiros por meio de suas subsidiárias no exterior.
A Circular 3.662 do BC modificou a fórmula de cálculo do requerimento de capital para cobertura de risco das exposições em moeda estrangeira, ouro e outros ativos e passivos sujeitos a variações cambiais.
O cálculo dessa parcela leva em conta três fatores. A exposição direcional do banco, a correlação imperfeita entre moedas (por exemplo, banco comprado em dólar e vendido em euro) e um terceiro fator que exigia capital em função de existir um descasamento entre as operações no Brasil e no exterior.
Foi esse terceiro fator que teve sua ponderação reduzida de 100% para zero. A existência desse fator de capital representava um custo elevado para o banco fazer esse tipo de operação.
De forma simplificada, o BC exigia uma reserva de capital para garantir o risco dessa operação intragrupo. Agora, o banco não precisa mais fazer essa reserva de capital. No entanto, continuarão sendo observados os outros dois fatores da fórmula.
A medida está inserida dentro da agenda para promover a entrada de moeda estrangeira no país. Já foi retirado ou reduzido o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre captações, ingressos externos para renda fixa e posição vendida em dólar no mercado futuro. O BC também acabou com o prazo das operações de pré-pagamento e com a cobrança de compulsório sobre posição vendida no mercado à vista.
Fonte: Valor