A infraestrutura deve ser o carro-chefe do crescimento da carteira de crédito do Banco do Brasil em 2013, disse nesta segunda-feira o vice-presidente de atacado, negócios internacionais e mercado de capitais da instituição, Paulo Rogério Caffarelli.
"Queremos aumentar a participação de infraestrutura na nossa carteira total de empréstimos", disse Caffarelli, adicionando que no fim de 2012 a carteira de atacado representava cerca de 46% dos financiamentos totais do banco. "Logo ela poderá representar mais de metade da carteira."
Segundo o executivo, o banco montou uma força-tarefa interna para agilizar a liberação de empréstimos destinados para grandes projetos, sejam os que envolverem recursos próprios do banco ou os repasses do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Os setores que devem receber a maior parte dos recursos são os de rodovias, óleo e gás --incluindo estaleiros-- e mineração.
Em setembro de 2012, último dado público do banco, a carteira de capital de giro do BB somava US$ 132,4 bilhões e a de investimentos, 39,8 bilhões --expansão de 25% e 11,2%, respectivamente.
O executivo evitou falar em projeções para 2013. O banco está em período de silêncio porque divulgará seu balanço do quarto trimestre no dia 21.
REDUÇÃO DE JUROS
O movimento acontece quase um ano após o BB, junto com a Caixa Econômica Federal, ter atendido a orientação do governo federal de ampliar o crédito ao consumo e evitar uma desaceleração ainda maior da economia.
Operando numa velocidade muito maior que os concorrentes privados, que preferiram a moderação diante de um cenário de aumento da inadimplência, BB e Caixa viram suas fatias de mercado no crédito aumentarem em 2012.
Agora, a meta do BB é canalizar o maior volume de concessões para infraestrutura. O movimento ocorre num momento de queda do investimento na economia, com a formação bruta de capital fixo tendo recuado por cinco trimestres consecutivos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Fonte: Folha.com