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BB Seguridade lucra R$ 2,3 bi no ano

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12/02/2014 - 10:59

O mercado já esperava um resultado forte de BB Seguridade para o quarto trimestre e, ainda assim, a companhia conseguiu surpreender, ao apresentar resultados operacionais mais expressivos do que o estimado. Além disso, apresentou ambiciosas metas de crescimento e retorno para este ano, o que animou investidores e impulsionou as ações ontem, apesar de ter ficado "devendo" parte das metas estipuladas para 2013. A ação da empresa subiu 4,25%.

O braço de seguros do Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$ 707,4 milhões de outubro a dezembro de 2013, um avanço de 49,8% em relação a igual período do ano anterior e acima do esperado pelos analistas. Incluindo efeitos extraordinários, o resultado contábil foi de R$ 903,6 milhões, o que engordou ainda mais os já fartos dividendos pagos pela companhia.

A BB Seguridade vai distribuir R$ 1,161 bilhão em dividendos referentes ao segundo semestre de 2013, que serão pagos no dia 26 deste mês. No ano, o lucro líquido da companhia somou R$ 2,3 bilhões, 28,9% superior ao registrado em 2012. O retorno sobre o patrimônio líquido médio do ano foi de 38,4%.

Com um título que faz um trocadilho com a palavra "broker", que se refere tanto a corretoras de ações quanto de seguros, o relatório de análise do Credit Suisse resume bem como o mercado recebeu os resultados: "Não ligou para o seu corretor ainda? Apresse-se, o preço da seguradora vai subir". A corretora da BB Seguridade responde por 40% do resultado da companhia.

A maioria dos analistas que acompanham a ação da BB Seguridade viu as metas apresentadas pela companhia para este ano como positivas. Das cinco metas para este ano, o desempenho projetado para quatro é maior do que era no ano passado (veja tabela).

"Além dos números do quarto trimestre de 2013, os guidances divulgados para 2014 também sustentam nossa projeção de lucro para a companhia - nossa [estimativa de] lucro líquido de R$ 3 bilhões para este ano implica em ROE de 48%, em linha com o guidance de 44% a 49%", diz relatório do Credit Suisse assinado por Victor Schabbel, Marcelo Telles e Alonso García.

Os analistas do J. Safra Francisco Kops e Giovanna Rosa avaliam que as metas são "agressivas" e acima dos números que haviam estimado para este ano. Segundo eles, isso provavelmente vai levá-los a revisar para cima a estimativa de lucro de R$ 1,45 por ação em 2014.

A estimativa de crescimento da unidade de seguros de vida e rural (entre 24% e 32%) está bem alinhada à previsão do Credit Suisse. Já para as outras subsidiárias da BB Seguridade, a estimativa do Credit é mais conservadora. A única exceção fica com a operação de títulos de capitalização, cuja meta parece à equipe de análise "demasiada" conservadora, principalmente em função do crescimento de 62% reportado em 2013.

Já para o J. Safra, a estimativa da companhia está acima dos números estimados pelos analistas, especialmente para a operação de previdência privada. Vale lembrar que a Bradesco Seguros, apontada por analistas como o par mais similar da BB Seguridade, projeta crescimento mais tímido (entre 9% e 12%) este ano justamente pela cautela com o desempenho dos planos de previdência, que sofreram no ano passado com a volatilidade no mercado de juros futuros.

"As metas para 2014 reforçam o comprometimento [da BB Seguridade] com o desenvolvimento de todos os seus segmentos de atuação, juntamente com a elevação de margens e retorno final", avalia a equipe de análise da XP Investimentos. Em relatório, a casa avalia que, apesar de não ter atingido as metas estipuladas no ano passado nas operações de vida e de previdência, "o grupo continua se destacando devido ao forte ritmo de crescimento de receitas e rentabilidade, acima da média, observada no mercado de seguros".

O faturamento total da companhia no último trimestre atingiu R$ 1,158 bilhão, 119% maior do que de outubro a dezembro de 2012. A companhia não apresenta meta para o faturamento total, mas sim para cada linha de negócio. Em 2013, o avanço de duas delas ficou abaixo do previsto. A operação de seguros de vida e previdência cresceu 33,7% no ano, abaixo da meta de 37% a 49%. A arrecadação de planos de previdência teve avanço de 27,1%, também abaixo da previsão de 30% a 40%.

Em relatório, os analistas do UBS Mariana Taddeo, Frederic De Mariz e Philip Finch destacam que o faturamento ficou em linha com o esperado, mas que as receitas financeiras e o índice combinado (indicador que mede a eficiência operacional) vieram melhores do que o projetado. Eles observam que os índices de sinistralidade (indicador que mede a relação entre a receita e o pagamento de indenizações, e quanto menor, melhor) das operações de seguro de vida e rural e de apólices patrimoniais caíram. A eficiência operacional também foi impulsionada pela queda de 32,5% das despesas.

Fonte: Valor


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